O ex-senador e ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB) descartou, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, desta terça-feira (10), a possibilidade de disputar cargos no executivo ou legislativo nas eleições de 2026.
De acordo com o tucano, a sua contribuição para a política comprimiu uma missão, “minha contribuição já foi dada. A minha rotina de viagens com o trabalho que atuo não me permite acompanhar de perto o que ocorre na política. Essa fase eu já tive. Deixo para as próximas gerações. Hoje eu vivo um outro momento da minha vida. Descobri o que é final de semana e estar com a família, que na política é algo muito difícil. A vida agora ficou bem melhor”, disse ele.
Recentemente, o ex-senador Cássio Cunha Lima e seu filho, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima anunciaram a saída do PSDB e a filiação como os novos integrantes do Partido Socialista Democrático (PSD), no mês de março.
Afastado há quase 8 anos da vida pública, Cássio Cunha Lima (PSD) voltou a participar de entrevistas e análises políticas nos últimos meses, cenário que alimenta rumores de que ele possa querer disputar alguma vaga nas Eleições de 2026.
A última empreitada de Cássio Cunha Lima em um pleito eleitoral foi em 2018 quando não logrou êxito na disputa pelo Senado Federal, ficando em quarto lugar, com 601.343 votos (17,5%), atrás de Luiz Couto (PT), com 792.420 votos (23,1%), o que representou a segunda derrota eleitoral da carreira política do senador desde que foi eleito deputado federal em 1986.
Fora da política desde 2018, o ex-tucano mantem as articulações em favor do apoio ao seu filho, o ex-deputado e ex-candidato a governador do estado Pedro Cunha Lima (PSD).
A sua carreira política foi iniciada em 1986 a deputado federal, sendo eleito aos 23 anos como um dos parlamentares mais jovens do Brasil. Foi eleito prefeito de Campina Grande, cidade natal, por três vezes em 1988, 1996 e 2000. Abriu mão do último mandato para se candidatar a governador da Paraíba. Foi eleito governador em 2002 e reeleito em 2006. Teve seu mandato cassado em 2009, após julgamento de recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando segundo colocado das eleições de 2006, José Maranhão (MDB) assumiu como segundo colocado.
Em 2010 foi eleito senador pela Paraíba com uma votação expressiva de 1.004.183 votos, embora, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, só assumiu o mandato em março de 2011 após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que a lei não iria retroagir. Foi candidato a governador da Paraíba em 2014, mas foi derrotado no 2º pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).
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