A articulação internacional liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo tem como objetivo escalar os ataques e ampliar a pressão contra autoridades brasileiras. E isso, segundo investigadores e autoridades ouvidos pelo blog, agrava a situação jurídica de Jair Bolsonaro e do próprio Eduardo.
Em nota publicada ontem (30), após a confirmação da tarifa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos, o deputado afirmou que a medida era "uma resposta legítima".
Foto de arquivo de 28/03/2023 do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL- SP) em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Não há qualquer sinal de recuo por parte de Eduardo Bolsonaro, nem mesmo entre os familiares. Segundo fontes do núcleo bolsonarista, a tendência é de intensificação dos recados que já vêm sendo dados a ministros, a policiais federais e outras autoridades.
E esse é só o primeiro passo. O objetivo seria trazer mais sanções e piorar o clima que inviabiliza qualquer negociação entre o Brasil e os Estados Unidos sobre o tarifaço.
Tudo isso deve prejudicar ainda mais Bolsonaro. Se, mesmo antes das sanções ao ministro Alexandre de Moraes via Lei Magnitsky, a condição do ex-presidente já estava dada, com essa nova ofensiva internacional a situação da família se agrava.
Investigadores e autoridades garantem que já têm amplo material para indiciar Eduardo. Ele pode ser preso se pisar no Brasil e responder por coação no curso do processo. Isso também poderia ser aplicado a Jair Bolsonaro, que passaria a responder não só pela trama golpista, mas também por tentativa de obstrução.
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