Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanham com atenção os desdobramentos das ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e a ausência de uma reação da cúpula da Câmara dos Deputados.
Segundo integrantes da Corte, há dois caminhos possíveis no âmbito do mandato parlamentar. O primeiro seria uma decisão administrativa da Câmara, por exemplo, com base em faltas, caso não haja uma solução para o fim da licença do deputado. O segundo seria uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR), recomendando à Mesa Diretora a perda do mandato.
Nesse último caso, se a Câmara não agir, o procurador-geral poderá recorrer ao Supremo, que terá a palavra final.
Outros cenários também estão em avaliação, como uma medida cautelar de afastamento sem remuneração durante o curso de uma eventual ação penal no STF.
O fato é que, com o fim do recesso, a Câmara terá de lidar com essa pendência.
Hugo Motta tem repetido para aliados que dará a Eduardo Bolsonaro o mesmo tratamento dado a outros deputados.
Veja abaixo os pedidos contra Eduardo Bolsonaro na Câmara. É possível haver outros pedidos aguardando despacho, isso porque a Câmara não divulga esses processos até que sejam encaminhados para a Comissão de Ética.
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro se isola politicamente e perde apoio dentro da própria base — inclusive entre bolsonaristas e integrantes da bancada do Partido Liberal (PL), incomodados com sua digital no tarifaço.
Eduardo assumiu ter se reunido com autoridades americanas e ouvido sobre a possibilidade de imposição de tarifas antes delas serem anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Apesar dos alertas de aliados, o deputado tem insistido na escalada de tensionamento: reforça a defesa dos Estados Unidos e parte para o ataque até contra nomes que despontam como possíveis herdeiros do capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje inelegível (leia mais).
Foto de arquivo de 28/03/2023 do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL- SP) em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
« Voltar