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Hugo Motta seguiu o PT em 91% das votações desde o início do governo Lula

Por Brasil 247    Sexta-Feira, 24 de Janeiro de 2025


O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) é o principal nome para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Segundo levantamento divulgado pela Folha de S. Paulo, Motta alinhou-se ao PT, do presidente Lula, em 91% das votações realizadas desde o início do governo atual. O índice de concordância supera até mesmo o do Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), adversário de Motta na disputa, que votou com o PT em 77% das vezes.

Apesar de ser do Psol, tradicional aliado do PT, Henrique Vieira apresenta um índice de alinhamento menor que o de Hugo Motta. Vieira concordou com o PT em 77% das votações, um percentual superior à média de sua bancada, que é de 72%, mas inferior ao de Motta. Sua posição em temas estratégicos, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, foi em geral convergente com o governo, mas ele divergiu em questões pontuais, como a criação do Comitê de Modernização Fiscal.

Em algumas votações-chave, Vieira e o PT se alinharam contra Hugo Motta, como na rejeição da ampliação das reduções de alíquotas de impostos para operações imobiliárias e no apoio a medidas que retiravam despesas com ciência e tecnologia do teto de gastos.

A análise considerou votações de projetos de lei, resoluções, decretos, medidas provisórias e emendas à Constituição, entre outras. O resultado coloca Motta à frente de Erika Kokay (PT-DF), com 86% de concordância com seu próprio partido, e de outros aliados do governo, como Tabata Amaral (PSB-SP), que obteve 82%. Entre os 44 deputados do Republicanos, Motta é o quinto mais alinhado ao PT, com desempenho acima da média da legenda, que registra 83%.

Embora o Republicanos tenha apoiado Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e mantenha figuras de oposição como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a bancada tem demonstrado proximidade estratégica com o governo federal. A candidatura de Hugo Motta ganhou força após a desistência de Marcos Pereira, presidente do partido, em setembro de 2024, em uma articulação que envolveu membros do governo, incluindo o próprio presidente Lula.

A votação para a presidência da Câmara, marcada para 1º de fevereiro, já conta com o apoio de Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que retiraram suas candidaturas em favor de Motta. Sua capacidade de articulação e o histórico de alinhamento ao governo podem ser decisivos para consolidar seu favoritismo.

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