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Polícia Federal cumpre mandado na Câmara contra deputado e mira fraude de licitação

Por G1    Terça-Feira, 8 de Julho de 2025


 

Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta terça-feira (8), mandado de busca e apreensão na Câmara dos Deputados, no âmbito de uma investigação que apura a atuação de uma organização criminosa acusada de fraudes e desvio de recursos públicos no Ceará.

Um dos mandados está sendo cumprido no gabinete do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE).

Endereços ligados ao parlamentar em Brasília e no Ceará também são alvos de buscas, além de propriedades de outros cinco investigados.

 

A investigação, que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), apura o desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares e fraudes a licitações envolvendo municípios cearenses.

 

Segundo as investigações, o grupo criminoso desviava dinheiro público por meio de fraudes em processos de licitação e contratos. Os valores de origem ilícita teriam sido usados para custear campanhas políticas no Ceará, nas eleições municipais do ano passado (entenda mais abaixo).

g1 tenta contato com o deputado, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. O parlamentar também não se manifestou sobre o caso nas redes sociais.

Deputado Júnior Mano em comissão da Câmara, em 12/04/2023 — Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

Deputado Júnior Mano em comissão da Câmara, em 12/04/2023 — Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

Ao todo, a corporação cumpre 15 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Gilmar Mendes, do STF. As ações estão sendo cumpridas em Brasília e em cinco municípios cearenses: Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio.

Além dos mandados, o STF também autorizou a quebra de sigilo de celulares apreendidos e o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas.

O objetivo, segundo a PF, é interromper a movimentação de valores de origem ilícita e preservar os recursos, caso seja determinada uma reparação.

A investigação contou com apoio técnico da Controladoria-Geral da União (CGU).

 

Como funcionava o esquema?

 

De acordo com a PF, o núcleo investigado articulava o envio de verbas públicas a determinados municípios no Ceará e, em troca, parte dos recursos era desviado para pagamentos ilegais.

A organização criminosa também é suspeita de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo.

 

As condutas investigadas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral.

 

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