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Delegado designa equipe para localizar motoboy de Patos que acusa cliente de jogar açaí

Por Redação 40 Graus com Monica Melo - Click PB    Terça-Feira, 28 de Fevereiro de 2023


Após ganhar repercussão nacional, o caso do motoboy autônomo da cidade de Patos, Elias Medeiros Guedes, vem ganhando novos contornos. Nos últimos dias, devido ao silencio de Guedes sobre o caso, levantou-se a suspeita de que a história poderia não ser verdade.

Por esse motivo, o delegado da Polícia Civil, Paulo Rabelo, designou uma equipe para localizar o motoboy ainda hoje para que ele esclareça o caso e preste a queixa, se for necessário. “Ele não registrou nada. Mandei uma equipe localizar ele hoje para ser ouvido“, garantiu.

De acordo com o delegado se for confirmada que a história contada pelo motoboy não é verdadeira, ele poderá responder pelos crimes de calúnia e difamação. O delegado explicou que geralmente esses casos não são punidos com prisão, já que são crimes de menor potencial ofensivo, mesmo assim pode trazer muita dor de cabeça.

 De acordo com o artigo 138 do código penal, caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime, a pena é de detenção de seis meses a dois anos e multa. Já o Artigo 139 diz que difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação pode resultar em detenção de três meses a um ano e multa.

O profissional reclamou nas redes sociais que teria sido agredido por um cliente inconformado com a demora na entrega de açaí em um dia de muita chuva na cidade. O cliente teria jogado o produto no motoboy alegado que havia derretido parcialmente. A denúncia ganhou as redes sociais e provocou várias manifestações de solidariedade a Guedes e também cobrança por respeito e medidas efetivas de proteção a integridade física dos entregadores.

Desde que narrou a suposta agressão, no Instagram, mostrando o rosto e a roupa melados de açaí, Elias ganhou seguidores e presentes, como ele mesmo revelou. Além disso, diversos motoboys se reuniram para protestar contra o desrespeito à categoria, diante de várias situações de agressão a entregadores já ocorridas no país.

Mas a repercussão do caso também trouxe efeitos negativos. Como ainda não registrou denúncia e não revelou o endereço da suposta cliente agressora, ele é acusado de inventar a história para se promover.

Elias Guedes rebateu a versão com pronunciamento em vídeo nas redes sociais e disse que não pode expor o endereço porque essa não será a forma que ele quer resolver. Além disso, ele pediu mais uma vez para que as pessoas deixem de perseguir inocentes que estão sendo apontados como agressores dele.

Elias concluiu dizendo que fez o relato nas redes sociais apenas para mostrar sua situação e que não queria gerar tumulto na porta de nenhum morador e rechaçou as cobranças para revelar o endereço da sua suposta agressora.

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