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Prejuízo dado a patoenses por falso correspondente bancário pode ser milionário

Por Redação 40 Graus com Patos Online    Sexta-Feira, 9 de Julho de 2021


Ainda é cedo para saber quanto foi o prejuízo dado a dezenas de pessoas da cidade de Patos, no interior da Paraíba, que tomaram conhecimento através da imprensa, que foram passadas para trás por meio de um falso correspondente bancário instalado há 15 dias na Rua Sólon de Lucena, Centro, nas imediações da Igreja Catedral.

Na manhã desta quinta-feira, dia 08, os funcionários chegaram para trabalhar no estabelecimento ENTERPAG e o encontraram fechado e sem ninguém para dar uma explicação.

Alguns clientes ficaram na porta para pagar boletos, porém, o proprietário não apareceu e tudo começou a ficar muito estranho.

De pronto, todos desconfiaram logo que haviam caído em um golpe e decidiram levar o caso até a Delegacia de Polícia Civil.

Uma funcionária do estabelecimento, Lisandra Costa, contou na Delegacia de conversas que teve com os proprietários.

De acordo com Lisandra que era caixa, transparecia ser uma empresa normal como qualquer correspondente bancário, já que funcionava normalmente, as contas eram pagas. Ela disse que não estranhou nada no trabalho porque tudo estava dentro dos parâmetros.

“O sistema era todo pelo Banco do Brasil. Todos os boletos eram pagos e os depósitos eram feitos, mas tinha um problema, era como se estivesse indo para outra ponte, que eles chamavam de liquidação, por isso só era realmente pago quando eles faziam essa liquidação. De segunda da semana passada até a sexta, todos os boletos foram constados, mas várias pessoas já vieram à delegacia e disseram que a partir de segunda dessa semana, os boletos não foram constados”, contou ela.

Lisandra disse, porém, que apenas uma coisa causou estranheza nela: a bondade dos proprietários. A forma como eles tratavam as pessoas era muito suspeita, diferente do normal. Ela disse que também foi surpreendida pela notícia.

“Eu estranhei a bondade dele. Todo mundo que chegava lá ele tratava todos muito bem, não só nós funcionários, mas todo mundo que chegasse lá. Acredito que o valor total do golpe foi, no mínimo, uns 500 mil reais. Acredito que eles trabalharam em Patos por 10 dias. Quando nós mandávamos mensagens nos grupos eles sempre respondiam. Quando chegamos hoje na loja estava tudo virado, álcool nas paredes, como se eles quisessem limpar as digitais”, declarou Lisandra.

Alguns detalhes da vida deles também veio à tona. Lisandra afirmou que pelas falas deles não dava para acreditar em outra coisa, a não ser que tudo estava normal. Ela lamentou o desfecho da história.

“Eles contavam que tinham sido sequestrados e tinham saído de Minas Gerais para Fortaleza, onde tinha vários correspondentes bancários e empresa de locação de carros, as que vieram pra Patos para tomar de conta da empresa porque não conseguiu ninguém para administrar. Ele falou que nós íamos fazer 15 dias de teste e que iria nos contratar amanhã, mas deixaria apenas os que estavam progredindo na empresa”, disse ela.

Não é ainda possível dizer quanto foi levado de forma inapropriada pelos donos, mas um cálculo feito por uma funcionária ela acredita que em poucos dias cerca de 500 mil reais fizeram parte da movimentação do grupo ou até mais, podendo ser de milhão.

Ao tomarem conhecimento, dezenas de clientes que se sentiram lesados procuraram a Delegacia para prestar Boletim de Ocorrência. Cerca de 50 pessoas vítimas estiveram na delegacia de polícia Civil de Patos, na manhã desta quinta-feira, dia 8.

Cliente

Uma das vítimas foi Silvio Soares, que fez o seu relato. “Nós fomos surpreendidos quando fomos pagar o cartão de crédito e já fazia três dias que a fatura tinha sido paga, mas não tinha sido compensada, como se não tivesse sido feito o pagamento. Chegando lá hoje, encontramos a Boleto Bancário fechada e muitas pessoas indignadas e revoltadas com a situação de os pagamentos não terem sido compensados”, denunciou o cliente.

“Fui atraído pela propaganda. Eu ia até pagar outras contas do Banco do Nordeste e lá tem vários outros correspondentes bancários, e por isso nós não ficamos desconfiados porque tinham outras empresas. Se elas estavam lá na propaganda, acredito que elas também deveriam ser responsabilizadas. Era para essas empresas bancárias terem publicado em jornais que a Boleto Bancário era falso. Essa ação terminou prejudicando muita gente na cidade de Patos”, lamentou Silvio.

O caso está sendo investigado pelo delegado Ronys Feitosa da Polícia Civil.

Outro delegado, Yuri Givago, deu outros detalhes em entrevista à TV Sol, e revelou que os proprietários usaram nomes falsos, a empresa não era formal, e o caso está sendo tratado como estilionato e apropriação indébita.

 

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