Megaoperação no Alemão e na Penha contra o Comando Vermelho tem 64 mortos e 81 presos
Por G1 Terça-Feira, 28 de Outubro de 2025
Pelo menos 64 pessoas morreram – 4 delas policiais – e 81 foram presas nesta terça-feira (28) em uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Esta é a operação mais letal da história do estado, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara.
Segundo disse o governador Cláudio Castro no início da noite, a ação não tinha hora para terminar. Por volta das 18h30, novo intenso tiroteio foi registrado na região.
Problemas na volta para a casa
No início da tarde, o tráfico orquestrou represálias em várias partes da cidade, que vive horas de tensão em um cenário de guerra.
Barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na Rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais.
Cenas de guerra: megaoperação contra facção é a mais letal da história do RJ
Em função dos múltiplos bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5. A PM mandou colocar todo o efetivo na rua — para tal, suspendeu as atividades administrativas.
Como tudo começou
Trata-se de mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço do CV por territórios fluminenses.
Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada, traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas. Um vídeo mostra quase 200 disparos em 1 minuto, em meio a colunas de fumaça (assista aqui).
A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.
Quem são os policiais mortos
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
- Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
- Cleiton Searafim Gonçalves, policial do Bope;
- Herbert, policial do Bope.
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Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral — Foto: Reprodução
Escolas e postos de saúde não abriram. Veja aqui os impactos à população nesta terça.
Balanço da operação
- 60 suspeitos mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo.
- 2 policiais civis e 2 policiais militares foram mortos.
- Além deles, 3 inocentes foram feridos: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
- 81 pessoas foram presas.
- Policiais apreenderam 93 fuzis, 2 pistolas e 9 motos.
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Infográfico - megaoperação contra facção no Rio tem mortos e feridos — Foto: Arte/g1
Operador do CV preso
Entre os mais de 80 presos está Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho da região. Outro capturado é Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos altos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.
"Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse.
Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário.
Mais tarde, em entrevista coletiva, o governador Cláudio Castro afirmou que o governo federal negou ajuda para operações policiais no RJ e que, por isso, o estado “estava sozinho” nesta manhã nos complexos do Alemão e da Penha.
“Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, reclamou Castro.
Em resposta, o governo federal negou a falta de ajuda e disse que tem atendido prontamente a todos os pedidos do governo do estado para o emprego da Força Nacional.

Em retaliação à ação policial, criminosos lançaram bombas com drones no Complexo da Penha
Impactos
Criminosos usaram veículos como barricadas para fechar diversas vias do Rio em retaliação à megaoperação da Segurança Pública do Rio contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha.
Desde o início da tarde, ônibus foram usados como barricadas em diversos bairros e vias expressas: Avenida Brasil, Linha Amarela, Linha Vermelha, Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, Centro, Rio Comprido, Tijuca, Vila Isabel, Engenho Novo, Méier, Cascadura, Engenho da Rainha, Freguesia, Taquara, Cidade de Deus, Anchieta, Guadalupe, Chapadão, Complexo do Alemão e Penha, e na BR-101, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
De acordo com a Rio Ônibus, mais de 100 linhas tiveram seus itinerários alterados. Já a Mobi-Rio informou que os corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além dos serviços de conexão, também foram impactados pelas operações.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade federal Fluminense (UFF) e a Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC) de Quintino suspenderam as aulas na tarde desta terça.
Escolas particulares em diversas regiões da cidade estão pedindo que os pais busquem os filhos por conta da insegurança.
A Secretaria Municipal de Educação informou que, na região do Complexo do Alemão, 31 escolas foram impactadas e outras 17 unidades no Complexo da Penha.
Alvos de outros estados
A ação desta terça, que também conta com promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi deflagrada após 1 ano de investigação pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Parte dos procurados, pelo menos 30, é do Pará.
Participam policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) e das unidades operacionais da PM da capital e Região Metropolitana. Já a Polícia Civil mobilizou agentes de todas as delegacias especializadas, distritais, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.
A Operação Contenção conta ainda com helicópteros, blindados e veículos de demolição, além de ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.
Denunciados
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) denunciou 67 pessoas pelo crime de associação para o tráfico, e 3 homens também foram denunciados por tortura.
De acordo com os promotores, o Complexo da Penha, historicamente um ponto estratégico para o escoamento de drogas e armamentos — até por estar localizado próximo a vias expressas —, se tornou uma das principais bases do projeto expansionista do Comando Vermelho pela região de Jacarepaguá.
“O denunciado Edgar Alves de Andrade, o Doca, é apontado como a principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha e em outras comunidades da Zona Oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento — algumas recentemente conquistadas da milícia”, disse o MPRJ.
Segundo a denúncia, também exercem liderança na associação criminosa Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala; Carlos Costa Neves, o Gadernal; e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão.
“Eles emitem ordens sobre a comercialização de drogas, determinam as escalas dos criminosos nas bocas de fumo e nos pontos de monitoramento e ordenam execuções de indivíduos que contrariem seus interesses”, destacou a promotoria.
Além deles, foram denunciados 15 homens que exercem funções de gerência do tráfico, responsáveis pela contabilidade, abastecimento e outras funções.
Os outros denunciados, segundo a ação penal, atuavam como “soldados”, realizando o monitoramento e a segurança armada.
Defensoria e Anistia
A Defensoria Pública da União e a Anistia Internacional, entre outros órgãos, emitiram notas criticando a letalidade policial. Veja abaixo as notas.
Defensoria Pública da União:
"DPU repudia aumento da violência e da letalidade policial no Rio de Janeiro
As ações resultaram em pelo menos 64 mortes — incluindo quatro policiais — e 81 prisões, segundo dados oficiais, configurando-se como a operação mais letal da história do estado
A Defensoria Pública da União (DPU) manifesta repúdio ao aumento da violência e da letalidade policial no Estado do Rio de Janeiro, em especial após a megaoperação, realizada nesta terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense. As ações resultaram em pelo menos 64 mortes — incluindo quatro policiais — e 81 prisões, segundo dados oficiais, configurando-se como a operação mais letal da história do estado.
A DPU recorda que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADPF 635 (ADPF das Favelas), estabeleceu parâmetros claros para a atuação das forças de segurança pública em territórios vulneráveis, determinando que tais operações devem ser excepcionais, devidamente justificadas e planejadas para minimizar riscos à população civil. O descumprimento dessas diretrizes representa grave violação a preceitos fundamentais e compromete a efetividade do Estado Democrático de Direito.
A decisão do Supremo reafirma o dever constitucional do Estado brasileiro de garantir a segurança pública em consonância com a proteção à vida, aos direitos humanos e à dignidade das pessoas, sobretudo da população negra, pobre e periférica — historicamente mais atingida por operações de alta letalidade.
Para a Defensoria Pública da União, ações estatais de segurança pública não podem resultar em execuções sumárias, desaparecimentos ou violações de direitos humanos, sobretudo em comunidades historicamente marcadas por desigualdade, ausência de políticas sociais e exclusão institucional.
A DPU defende que o combate ao crime deve ocorrer dentro dos limites da legalidade, com uso proporcional da força, transparência na apuração dos fatos e garantia do devido processo legal, em respeito à dignidade da pessoa humana e às determinações da Constituição Federal.
Por fim, a Defensoria reafirma seu compromisso com a proteção da vida e com o enfrentamento à violência institucional, mantendo-se à disposição para acompanhar investigações, responsabilizações e medidas que assegurem justiça às vítimas e às comunidades atingidas.
Coordenação de Produção de Conteúdo e Imprensa (CPCI)"
Nota da Anistia Internacional e outros órgãos parceiros:
"Segurança pública não se faz com sangue
A operação mais letal da história do Rio de Janeiro, a Operação Contenção, nesta terça (28), expõe o fracasso e a violência estrutural da política de segurança no estado e coloca a cidade em estado de terror.
A chacina que se desenrola desde as primeiras horas desta terça-feira (28), nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, inscreve-se em um longo e trágico histórico de matanças cometidas por forças policiais no estado — apresentadas, equivocadamente, como política pública. Até o momento, já são 64 pessoas mortas em uma única operação — a mais letal da história do Rio de Janeiro.
A perda massiva de vidas reitera o padrão de letalidade que caracteriza a gestão de Cláudio Castro, governador que detém o título de responsável por quatro das cinco operações mais letais da história do Rio de Janeiro, superando seus próprios recordes anteriores registrados no Jacarezinho (2021) e na Vila Cruzeiro (2022). O que o governador Cláudio Castro classificou hoje como a maior operação da história do Rio de Janeiro é, na verdade, uma matança produzida pelo Estado brasileiro.
Ao longo dos quase 40 anos de vigência da Constituição Federal, o que se viu nas favelas fluminenses foi a consolidação de uma política de segurança baseada no uso da força e da morte, travestida de “guerra” ou “resistência à criminalidade”. Trata-se de uma atuação seletiva, dirigida contra populações negras e empobrecidas, que tem no sangue seu instrumento de controle e dominação.
Não há nela elementos que efetivamente reduzam o poderio das facções criminosas nos territórios. Pelo contrário: essas ações aprofundam a insegurança e o medo, instalam o pânico, interrompem o cotidiano de milhares de famílias, impedem crianças de ir à escola e impõem o terror como expressão de poder estatal. A morte não pode ser tratada como política pública.
Esse ciclo de violência não é acidental: ele decorre de uma estratégia deliberada que privilegia o confronto armado em detrimento de qualquer compromisso com a vida e com a legalidade. Durante seu pronunciamento, o governador ainda tentou responsabilizar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n.º 635 — a ADPF das Favelas — e as organizações da sociedade civil que atuaram por sua implementação, pela letalidade da operação. Ao fazer isso, ataca o controle das polícias, papel constitucionalmente atribuído ao Ministério Público, e busca deslegitimar o trabalho das entidades que lutam pelo direito à vida nas favelas.
Castro ainda atuou politicamente para esvaziar a ADPF 976 no Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de liberar as forças de segurança de obrigações legais como planejamento prévio e preservação de vidas. Paralelamente, manteve a lógica de premiação pela letalidade ao sancionar, na nova Lei Orgânica da Polícia Civil, a gratificação por “bravura” — dispositivo que substitui a antiga “gratificação faroeste”, vetada após ampla reprovação social. Ao premiar o confronto e a morte, o governo estimula a mentalidade de guerra e transforma as comunidades em campos de batalha, onde moradores são tratados como “inimigos internos”.
O Manual sobre o Uso da Força e Armas de Fogo por Agentes da Segurança Pública, publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), estabelece princípios fundamentais que devem orientar toda ação policial: legalidade, necessidade, proporcionalidade, precaução e responsabilidade. As operações conduzidas pelo Estado do Rio de Janeiro violam frontalmente todos esses parâmetros, configurando uma prática sistemática de uso ilegítimo da força letal.
O Brasil e o Estado do Rio de Janeiro já foram reiteradamente advertidos pela Organização das Nações Unidas e pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre o caráter racista e discriminatório da política de “guerra às drogas”, que define quem morre e quem vive nas favelas e periferias. O Estado fluminense acumula duas condenações na Corte Interamericana de Direitos Humanos — pelas chacinas de Acari (1990) e Nova Brasília (1994 e 1995) — e segue reproduzindo o mesmo padrão de violência. Nos últimos dez anos (2014–2024), 5.421 jovens de até 29 anos foram mortos em intervenções policiais, segundo o Instituto de Segurança Pública.
Desde os anos 1990, sucessivos governos ignoram propostas de segurança pública orientadas pela prevenção, pela redução da violência e pelo fortalecimento de direitos. O investimento segue voltado ao confronto, com resultados trágicos e repetidos: mais mortes, mais dor e nenhuma segurança.
O que se testemunha hoje é o colapso de qualquer compromisso com a legalidade e os direitos humanos: o Estado substitui a segurança pública baseada em direitos por ações militares de grande escala. Sob o pretexto da “guerra às drogas”, instala-se um estado de insegurança permanente, voltado contra a população negra e pobre das favelas.
Não há justificativa para que uma política estatal, supostamente voltada à proteção da sociedade, continue a ser conduzida a partir do derramamento de sangue. A segurança pública deve garantir direitos, não violá-los. As moradoras e os moradores das favelas têm direito à vida, à integridade física e à paz — e isso não é negociável.
Rio de Janeiro (RJ), 28 de outubro de 2025.
- Anistia Internacional Brasil
- Justiça Global
- Centro de Estudos de Segurança e Cidadania — CESeC
- Conectas Direitos Humanos
- Centro pela Justiça e o Direito Internacional — CEJIL
- Instituto Papo Reto do Complexo do Alemão
- Movimentos
- Redes da Maré
- Instituto de Estudos da Religião — ISER
- Observatório de Favelas
- Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular (NAJUP) Luiza Mahin
- Movimento Unidos dos Camelôs
- Grupo Tortura Nunca Mais — RJ
- Fórum Popular de Segurança Pública do Rio de Janeiro
- CIDADES - Núcleo de Pesquisa Urbana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- Instituto de Defensores de Direitos Humanos — DDH
- Iniciativa Direito Memória e Justiça Racial
- Frente Estadual pelo Desencarceramento — RJ
- Instituto Terra Trabalho e Cidadania — ITTC
- Associação de Amigos/as e Familiares de Pessoas Presas e Internos/as da Fundação Casa
- — Amparar
- Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares — GAJOP
- Instituto Sou da Paz
- Rede Justiça Criminal
- Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional — FASE RJ
- Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares — RENAP RJ
- Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência
- Casa Fluminense
- Plataforma Justa"
Fotos da operação
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Megaoperação envolveu cerca de 2.500 policiais civis e militares — Foto: Jose Lucena/TheNewsS2/Estadão Conteúdo
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Corpos são transportados em veículo da Polícia Civil após operação contra o CV na Penha, no Rio - 28/10/2025 — Foto: Mauro Pimentel/AFP
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Megaoperação contra CV prende mais de 80 no Rio — Foto: Mauro Pimentel/AFP
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Policiais do Bope atuam em operação na Penha - 28/10/2025 — Foto: Aline Massuca/Reuters
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Megaoperação no Alemão e na Penha tem apreensão de 93 fuzis e faz número anual bater 686 — Foto: Reprodução TV Globo
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Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção — Foto: Reprodução/TV Globo
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Agentes das forças de segurança em escadaria no Complexo do Alemão — Foto: Reprodução