Policial que matou esposa a tiros na Paraíba disse que entrou em 'surto' após discussão, revela delegada
Por Cauã Tibúrcio - Click PB Domingo, 7 de Dezembro de 2025
O policial militar Luiz Miguel, que matou a própria esposa a tiros na manhã deste sábado (6) na rodovia PB-095, Agreste da Paraíba, disse que entrou em ‘surto’ após uma discussão com a vítima, como revelou a delegada Renata Dias, da Polícia Civil, em entrevista à imprensa.
De acordo com a delegada, o policial que atuava como cabo e a mulher, identificada como Élida do Nascimento, teriam se deslocado até um bar de Campina Grande, quando foi iniciada uma discussão motivada por ciúmes.
Populares que estavam no local chegaram a intervir na discussão e equipes da Polícia Militar foram acionadas. À PM, a mulher informou que não havia sido agredida.
Em seguida, ambos entraram no carro do policial com destino a casa da vítima. No percurso feito na PB-095, que liga as cidades de Massaranduba e Serra Redonda, o casal voltou a discutir.
De acordo com o relato do policial, a mulher chegou a dizer que ia sair do carro em movimento, quando ele decidiu parar o veículo.
A vítima teria descido do carro e Luiz Miguel ido atrás da mulher, que então teria tentado agredi-lo. Neste momento, o PM disse que entrou em surto, sacou a arma e efetuou disparos contra a vítima.
O próprio suspeito ligou para a Polícia Militar informando sobre o crime praticado e acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que, ao chegar no local, constatou a morte.
Ele também relatou à PC que os dois viviam um relacionamento conturbado e que a vítima possuía “ciúmes excessivos”.
Ainda segundo o relato do suspeito, ambos teriam iniciado o processo de divórcio há cerca de um mês, mas que reataram o relacionamento.
A delegada Renata Dias também informou à imprensa que familiares e amigos do suspeito relataram para a Polícia Civil que o casal possuía histórico de brigas e que pediam para que terminassem com o relacionamento.
O suspeito foi preso e autuado pelo crime, passará por audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar toda a dinâmica e motivação do crime.
Após o crime, o soldado também ligou para um colega de trabalho e afirmou que ‘teria feito uma besteira’. “Ele falou que foi para festa em Campina Grande e eles brigaram”, disse o colega de trabalho em entrevista à imprensa.