Preço do gás de cozinha terá aumento de 5% na Paraíba a partir de segunda-feira (15)

Por Prof. Espedito Filho Sexta-Feira, 12 de Setembro de 2025
No salão de chá das grandes nações ocidentais, porcelanas finas repousam sobre toalhas impecáveis, e cada diplomata carrega, no lugar do rosto, a bandeira de seu país. Entre goles discretos e olhares calculados, circula também o velho mal-estar da civilização: essa tensão que, como advertiu Freud, acompanha toda tentativa humana de viver em sociedade. A democracia nunca foi um dom eterno, mas uma conquista frágil, ameaçada por aqueles que preferem a sombra do autoritarismo ao risco da liberdade.
Foi nesse cenário que o Brasil surpreendeu. Ao aplicar punições em defesa do Estado democrático, recusou-se a ser visto como um aprendiz hesitante da política mundial. Rompeu a caricatura periférica e ergueu-se como guardião de um pacto coletivo que lembra Rousseau: só há liberdade verdadeira quando a vontade geral se sobrepõe ao arbítrio de tiranos. O gesto não foi apenas jurídico, mas civilizatório. Por isso, os jornais e governos do Ocidente reconheceram: não se tratava de revanche, mas de maturidade. Uma afirmação de que a democracia é viva quando se protege de seus inimigos.
Hannah Arendt já advertira que a indiferença alimenta o totalitarismo. E hoje, quando muitos trabalham para corroer a democracia, reduzindo-a a ornamento de poder, o Brasil reafirma que ela é um direito soberano e natural das nações que escolheram a liberdade após as ruínas da Segunda Guerra Mundial.
Assim, no meio daquele chá formal, o murmúrio cessou, os olhares se voltaram para o centro da mesa, e o silêncio se impôs. Atenção: há um adulto na sala. O Brasil.