A Polícia Civil da Paraíba instaurou um inquérito para apurar um suposto crime de injúria qualificada, que teria sido cometido por uma padre ao falar sobre a morte Preta Gil. O inquérito foi instaurado ontem (29) após ser formalizado um boletim de ocorrência por parte de representantes de religiões de matriz africana.
O comentário do padre Danilo César, da Paróquia Matriz de São José, que faz parte da Diocese de Campina Grande, ganhou grande repercussão nas redes sociais nessa terça-feira (29).
Segundo o delegado Danilo Orengo, os representantes da umbanda e candomblé formalizaram o boletim de ocorrência após se sentirem ofendidos diante das declarações propagadas no último domingo (27) pelo padre.
“Foi formalizado o Boletim de Ocorrência e gerando o inquérito policial para apurar o crime de injúria qualificada (Art. 140, parágrafo 3, do Código Penal Brasileiro). Por se tratar de crime de reclusão com pena de até 3 (três) anos, o procedimento policial terá o prazo de 30 (trinta) dias para a sua conclusão”, explicou o delegado.
“A Polícia Civil ouvirá todas as pessoas envolvidas e encaminhará a situação para o Poder Judiciário e o Ministério Público local, sempre buscando a verdade real dos fatos e norteando todas as diligências necessárias para esclarecimento dos fatos, respeitando-se os princípios constitucionais da liberdade religiosa, da igualdade, bem como o compromisso da Polícia Civil com o combate à intolerância religiosa e à prática de qualquer forma de discriminação ou preconceito”, disse.
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