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Presidente da ASPAA diz que autista teve atendimento negado no Centro Especializado em Reabilitação de Patos

Por Vicente Conserva - 40 Graus    Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2019


A presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Patos e Região (ASPAA), Jossely Oliveira, denunciou que o Centro Especializado em Reabilitação (CER), vem negando atendimento a crianças autistas.

Segundo ela, a mãe de uma criança autista buscou atendimento no órgão para seu filho que procurava fazer terapia ocupacional. Mesmo tendo passado por uma triagem, a profissional teria dito que a criança era muito agitada, tinha um comportamento agressivo e só quando ela se acalmasse iria receber atendimento.

Para Jossely Oliveira, a paciente só não foi atendida porque ela era autista, na realidade. “Ela deixou de ser atendida por ser quem ela é por uma equipe multidisciplinar criada justamente para esta finalidade por determinação do Ministério Público”, disse ela.

O advogado Corsino Neto (presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Autistas da OAB/Patos) afirmou que é dever do Município prestar atendimento aos autistas e que a agressividade seria uma condição neurológica da criança, que deve ser tratada justamente com a terapia negada.

Em resposta a denúncia, a direção do CER enviou a seguinte nota:

SOBRE A SUPOSTA DENÚNCIA DE RECUSA DE ATENDIMENTO NO CER

"De acordo com a coordenadora do CER, Aline Andrade, devido ao grau de autismo grave da criança em questão, chegou-se ao consenso de que por enquanto ela deve ser submetida ao acompanhamento psicológico, para que posteriormente possa evoluir na diminuição da agressividade, e assim ter condições de realizar as demais terapias que se relacionam com o autismo.

O acompanhamento da criança é constante e está sendo realizado por um profissional de psicologia.

Inclusive, vale frisar que a equipe praticamente dobrou para atender esse tipo de demanda.

Aline ainda lembrou que o autismo grave é de competência do Caps, porém o CER tem aberto algumas exceções com a finalidade de facilitar a assistência a essas crianças.

Em suma, o atendimento à criança não foi negado, apenas ela está passando pelo acompanhamento psicológico e necessário, antes de iniciar as terapias."

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