Os consumidores brasileiros registraram, pelo 10º mês consecutivo, uma redução no preço do azeite. Segundo dados da Associação Paulista de Supermercados (APAS), o produto já acumula uma queda de quase 23% ao longo do ano de 2025. O produto foi considerado um verdadeiro “vilão” do poder de compra das famílias brasileiras durante o ano passado.

O “ouro líquido” pesou no orçamento das famílias brasileiras, e a explicação para essa alta não está nas prateleiras nacionais, e sim do outro lado do Atlântico. O principal motivo foi uma crise climática severa na Europa, especificamente na Espanha e em Portugal, que juntos são responsáveis pela maior parte da produção mundial de azeite. A combinação de secas extremas e ondas de calor durante as safras de 2022/2023 e 2023/2024 dizimou os olivais. A Espanha, que sozinha costuma produzir quase metade do azeite do mundo, viu sua colheita cair pela metade.

Agora, com a melhora das condições de produção nesses países, o preço caiu: com a retomada da produção na Europa, o aumento da oferta nos principais países produtores estabilizou o mercado global. Além disso, a zeragem da alíquota do imposto de importação, que anteriormente era de 9%, contribuiu para tornar o azeite mais acessível no mercado interno brasileiro.