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Quer reduzir a conta de luz em até 35%? Saiba o que fazer

Por O Globo   Sábado, 30 de Agosto de 2025

Com a manutenção da bandeira vermelha 2 em vigor, consumidores devem se preparar para um setembro mais caro na conta de energia. A tarifa adiciona R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que torna a economia no dia a dia ainda mais relevante.

Desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da geração de energia elétrica no país. No patamar mais alto, a bandeira vermelha reflete a queda nas chuvas em várias regiões, o que reduz a geração hidrelétrica e exige o acionamento de termelétricas, fontes mais caras.

De acordo com a Aneel, a manutenção da bandeira vermelha 2 em setembro se deve a chuvas abaixo da média e o aumento de geração por termelétricas. "Em consequência, há necessidade de maior acionamento de usinas termelétricas, com elevados custos de geração, o que justifica a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 para setembro", afirma a agência.

Em média, uma família de quatro pessoas, morando em um imóvel de dois quartos em uma capital brasileira, consome cerca de 350 kWh por mês. Nesse cenário, rever hábitos e substituir equipamentos antigos por modelos mais eficientes pode reduzir o consumo em até 35%, ou cerca de 122,5 kWh. Thiago Peres, coordenador de Eficiência Energética do Grupo Energisa, explica que ajustes de rotina já trazem impacto imediato.

— Os 35% são uma média, considerando, por exemplo, a compra de um ar-condicionado mais eficiente, mas o uso de um chuveiro elétrico mais potente, que aqueça mais. Assim, ganha-se de um lado, mas perde-se de outro. Por isso, 35% é um valor médio — explica Peres.

 

O que mais consome em casa

 

Alguns aparelhos podem pesar na conta mesmo quando não estão em uso. Um modem de internet consome, em média, 11 kWh por mês, o mesmo gasto de um decodificador de TV a cabo. Três equipamentos desse tipo ligados na tomada continuamente — como um modem e dois decodificadores — somam 33 kWh mensais, ainda que a residência fique vazia.

— O ar-condicionado, por exemplo, se o filtro estiver sujo, o compressor precisa trabalhar mais para manter a temperatura, o que aumenta o consumo. Uma limpeza rápida já melhora bastante o desempenho, e uma vez por ano é recomendável chamar um profissional para uma higienização completa. Também é fundamental manter portas e janelas fechadas enquanto o aparelho estiver ligado e evitar deixá-lo funcionando quando não há ninguém no ambiente — orienta.

Outro exemplo está no chuveiro elétrico, um dos maiores vilões do consumo doméstico. Reduzir o tempo do banho em apenas três minutos e diminuir a temperatura da água pode cortar quase 23% do gasto com esse equipamento. Peres também lembra que os chuveiros elétricos vêm se tornando cada vez mais potentes — e, portanto, mais caros para o bolso do consumidor.

Antes, os modelos tinham 3.500 ou 4.500 watts. Hoje já existem aparelhos de 7.500 e até 9.000 watts. Na hora de escolher um modelo, Peres sugere dar preferência a chuveiros que ofereçam mais opções de temperatura.

— Com mais ajustes, é possível regular para aquecer apenas o necessário e ainda tomar um banho confortável. Já modelos muito potentes e com poucas opções fazem com que o consumidor gaste mais energia sem necessidade.

Entre os eletrodomésticos, os ar-condicionados, refrigeradores e máquinas de lavar representam uma fatia importante do consumo. Optar por versões mais modernas e com selo de eficiência energética pode gerar economia no médio e longo prazo.

Além disso, a iluminação LED, hoje mais acessível, consome até 80% menos energia do que lâmpadas incandescentes e dura até 25 vezes mais, o que também reduz a necessidade de substituições frequentes.

 

Dicas para reduzir o consumo de energia

 

Chuveiro elétrico

 

  • Banho de 8 minutos por dia, em família de quatro pessoas, consome 88 kWh/mês em modelo de 5.500W; Na temperatura mínima, cai para 32 kWh.
  • Reduzir 3 minutos no banho gera economia adicional, chegando a 20 kWh/mês.

 

Ar-condicionado

 

  • Modelo de parede de 10.000 BTUs sem selo A consome 288 kWh/mês; com selo A, 210 kWh.
  • Programar timer reduz 18 kWh/mês; ajustar termostato para 23°C gera economia de até 60 kWh.
  • Limpeza regular do filtro e manutenção anual evitam desperdício.
  • Modelo split de 10.000 BTUs com melhor certificação gasta 190 kWh/mês.

 

Geladeira

 

  • Refrigerador antigo de duas portas sem selo A consome 160 kWh/mês. Modelos novos com eficiência máxima gastam 60 kWh/mês (até 63% menos).
  • Vedação comprometida aumenta o consumo. Teste com folha de papel ajuda a identificar necessidade de troca da borracha.

 

Stand by

 

  • Aparelhos em modo de espera continuam gastando energia. A dica é retirar da tomada quando não estiver em uso.

 

Cervejeira e adega

 

  • Ajustar temperatura no inverno reduz consumo. Exemplo: cervejeira de 30 kWh/mês em -4°C cai para 24 kWh/mês em 0°C.

 

Ferro de passar

 

  • Uso de 1h, três vezes por semana, consome 15 kWh/mês. A dica é acumular roupas, passar tecidos mais pesados primeiro e aproveitar calor residual.

 

Máquina de lavar roupas

Lavadora com selo A usada três vezes por semana consome 7 kWh/mês. Melhor utilizar carga máxima para otimizar água e energia.

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