O Palmeiras investiu quase R$ 700 milhões nas duas janelas de transferências de 2025, mas viu apenas parte dos 12 reforços assumirem protagonismo logo no primeiro ano pelo clube.

Da equipe que terminou o ano como a ideal, Carlos Miguel, Khellven, Bruno Fuchs, Andreas Pereira e Vitor Roque eram titulares. Os três últimos estão entre os investimentos que mais entregaram ao longo desta temporada.

 

Elenco titular palmeirense em Palmeiras x LDU — Foto: Marcos Ribolli

O valor gasto gerou uma expectativa alta no Palmeiras, mas a equipe terminou um ano sem títulos pela primeira vez na era Abel Ferreira.

A avaliação interna, porém, é de que esta base renderá mais frutos de 2026 em diante. O clube passou por uma reformulação grande no elenco neste ano e muitos dos jogadores trazidos fazem parte da espinha dorsal do "elenco dos sonhos" do treinador.

– Quando cheguei construímos algo juntos, tivemos que reformular, continuamos a ganhar. E quando tivermos todos disponíveis, com lesionados e tudo, é o plantel que sempre quis ter. Tem meu DNA, minha marca, vou querer continuar aqui – disse Abel.

A ideia alviverde é manter os principais nomes do grupo para o próximo ano. Depois de 12 reforços, o plano é ser mais pontual no mercado nesta próxima janela de transferências e aproveitar mais reforços que estiveram no departamento médico, como Lucas Evangelista e Paulinho.

Ao mesmo tempo, desenvolver jogadores que investiram e ainda não brilharam, como Facundo Torres e Sosa.

 

Veja como foram os reforços no ano

 

• Vitor Roque: 25,5 milhões de euros (R$ 156,2 milhões)

 

Maior contratação da história do clube, o centroavante teve um início difícil, mas terminou o ano como um dos principais jogadores do Palmeiras e convocado à seleção.

Ele deslanchou no segundo semestre, a partir do momento em que jogou com Flaco López e fez 20 gols, além de dar cinco assistências em 56 jogos. O camisa 9 anunciou que recebeu sondagens, mas vai permanecer para 2026.

Vitor Roque agradece ao Palmeiras, família e a presidente Leila em premiação

 

• Andreas Pereira: 10 milhões de euros (R$ 63 milhões)

 

Último reforço anunciado, o meio-campista de 29 anos de idade tornou-se titular imediatamente e foi peça-chave no time que disputou o título brasileiro e da Conmebol Libertadores.

Com apenas dois gols e uma assistência em 20 jogos, o camisa 8 teve que jogar mais longe do gol a partir da lesão de Lucas Evangelista. Ainda assim, ditou o ritmo do Verdão quando esteve em campo.

Andreas Pereira em Palmeiras x Vitória — Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

 

• Paulinho: 18 milhões de euros (115,8 milhões)

 

Segundo maior reforço da história do Palmeiras, teve sua primeira temporada atrapalhada por dores na perna direita, ainda resquício de uma lesão que sofreu no Atlético-MG. Jogou o primeiro semestre com limitações, mas teve lampejos de bom futebol, com três gols e duas assistências em 16 jogos.

Seu melhor momento foi na Copa do Mundo de Clubes, quando fez o gol da classificação em cima do Botafogo, nas oitavas de final. A expectativa do clube é de tê-lo zerado no início de 2026, e assim o camisa 10 já é uma das principais apostas na Academia de Futebol para a próxima temporada.

Paulinho em trabalho interno na Academia de Futebol do Palmeiras — Foto: Cesar Greco / Palmeiras

 

• Bruno Fuchs: empréstimo

 

O zagueiro acertou contrato até dezembro e foi uma aposta sem investimento para contratação, mas que entregou em campo. Fez 44 jogos, três gols e deu uma assistência, chamando atenção pela qualidade na construção de jogo.

O desempenho fará com que o Palmeiras exerça a opção de compra junto ao Atlético-MG para firmar um contrato de longa duração.

Palmeiras x LDU Bruno Fuchs — Foto: REUTERS

 

• Carlos Miguel: 5,5 milhões de euros (R$ 34,7 milhões)

 

O jogador é o maior investimento feito pelo clube em uma contratação para o gol. Visto como o nome para o futuro da meta, acabou assumindo a condição de titular mais cedo, por causa da lesão de Weverton.

Fez 11 jogos, e após sofrer seis gols nos dois primeiros jogos, firmou-se com boas defesas. No início da próxima temporada, terá a disputa pela posição com o camisa 21.

Veja as defesas de Carlos Miguel, do Palmeiras, contra o Juventude, pelo Brasileirão

 

• Khellven: 5 milhões de euros (R$ 31,8 milhões)

 

Reforço da segunda janela, o lateral-direito chegou e assumiu a titularidade com bom desempenho. Após sofrer um trauma no pé contra o River Plate, nas quartas de final da Libertadores, passou a ter mais dificuldades e o nível das atuações caiu, a ponto de ficar no banco em algumas partidas.

Com 19 partidas e duas assistências, ainda é visto como o titular da posição para 2026.

Khellven durante partida entre River Plate e Palmeiras — Foto: Cesar Greco

 

• Lucas Evangelista: 4 milhões de euros (R$ 24 milhões)

 

O ex-jogador do Bragantino passou o primeiro semestre como reserva e começou a ganhar espaço após a Copa do Mundo de Clubes. Ele formou meio-campo com Aníbal Moreno e Andreas Pereira em um dos melhores momentos do Palmeiras no ano, mas sofreu uma lesão séria na coxa, que o fez passar por cirurgia no início de outubro.

Isto o fez perder o restante do ano, e sua ausência foi sentida. Também é considerado um nome importante para o grupo de 2026, após 33 partidas, com dois gols e uma assistência na temporada.

Lucas Evangelista como capitão do Palmeiras contra o Fortaleza — Foto: Cesar Greco

 

• Sosa: 12,5 milhões de euros (R$ 80,3 milhões)

 

Anunciado após a Copa do Mundo de Clubes, o atacante paraguaio chegou com expectativa para um setor que havia perdido Estêvão e Paulinho, mas teve uma primeira temporada irregular.

Disputou a titularidade com Felipe Anderson, só que iniciou apenas dez das 29 partidas que realizou pelo Palmeiras. Fez quatro gols e deu três assistências, e o clube espera vê-lo crescer em seu segundo ano.

Sosa durante a partida entre Palmeiras e LDU — Foto: REUTERS

 

• Facundo Torres: 12 milhões de euros (R$ 72,9 milhões)

 

Chegou no início do ano para ocupar a lacuna deixada por Estêvão, que iria para o Chelsea no segundo semestre. Mas o desempenho ficou aquém da expectativa. Embora frequentemente convocado pela seleção uruguaia, não brilhou no primeiro ano pelo Palmeiras.

Fez 61 jogos, com dez gols e quatro assistências, e terminou 2025 como um reserva. Abel Ferreira já fez elogios públicos ao camisa 17, que assim como Sosa vive a expectativa de melhores atuações em 2026.

Facundo Torres comemora gol em Palmeiras x Mirassol com clássica selfie do elenco — Foto: Cesar Greco / Palmeiras

 

• Emiliano Martínez: 7,5 milhões de dólares (R$ 44 milhões)

 

Meio-campista marcador, o uruguaio também foi figura recorrente nas listas de sua seleção, mas no Verdão não se firmou ainda. Fez 48 jogos e um gol no primeiro ano pelo clube.

Titular em parte do primeiro semestre, perdeu espaço depois da Copa do Mundo de Clubes para Aníbal Moreno e depois também para Bruno Fuchs, que atuou improvisado na posição.

Emiliano Martínez depois de marcar o segundo gol do Palmeiras no clássico contra o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro — Foto: Marcos Ribolli

 

• Jefté: 6 milhões de euros (R$ 38,2 milhões)

 

O lateral-esquerdo chegou para ser o reserva de Piquerez e terminou a temporada com três assistências em 13 jogos. O camisa 6 teve altos e baixos neste período, mas foi bem especialmente atacando. Com a manutenção do titular para 2026, Jefté será um jogador para rotação do elenco.

Jefté em jogo do Palmeiras — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

 

• Micael: 6 milhões de dólares (R$ 35 milhões)

 

Micael chegou da MLS e logo começou a jogar, mas perdeu espaço e se tornou o quarto zagueiro do elenco, atrás de Gustavo Gómez, Murilo e Fuchs. Chegou para preencher uma lacuna antiga, de defensor canhoto no elenco, e não fez uma boa temporada. Jogou 29 partidas e deu uma assistência em 2025.

Micael em Palmeiras x Fortaleza — Foto: Marcos Ribolli

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