CBF busca acerto antes da Copa para renovar com Carlo Ancelotti até 2030
Por Globo Esporte Sábado, 13 de Dezembro de 2025
Seis meses, oito jogos e a CBF já tem uma certeza: quer contar com Carlo Ancelotti até a Copa do Mundo de 2030. O que foi manifestado como desejo mútuo na Data Fifa de novembro se tornou negociação oficial nas últimas semanas, e a vontade dos brasileiros é acertar o novo contrato antes da Copa de 2026.
Internamente, as conversas são tratadas como “naturais e sem pressa”. Com pausa para as festas de fim de ano, as tratativas ficam congeladas até meados de janeiro, mas a CBF já tem em mente as pretensões de Carleto para o acerto.
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Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira — Foto: André Durão
Ancelotti já tem o maior salário entre técnico de seleções no mundo, cerca de 10 milhões de euros por ano (R$ 63,4 milhões). O contrato atual prevê ainda um bônus de 5 milhões de euros (R$ 31,7 milhões) caso o Brasil conquiste o hexa na Copa de 2026.
Satisfeito com a dinâmica de trabalho que dá maior liberdade para dividir o tempo entre a família no Canadá e o Rio de Janeiro, o treinador de 66 anos não esconde o desejo pela permanência e deixou a CBF à vontade a respeito de quando abordar o assunto. A entidade não perdeu tempo e já chamou Ancelotti para uma rodada de negociações.
A avaliação da diretoria é de que o treinador já fez o suficiente para recolocar a Seleção nos trilhos e elevar as expectativas para a Copa de 2026 com um time competitivo. Além disso, o ótimo relacionamento entre as partes e a sinergia com o ambiente do futebol brasileiro dissipam qualquer tipo de dúvida a respeito da sequência, independentemente dos resultados no Mundial dos Estados Unidos, Canadá e México.
Até por isso, a CBF tenta antecipar o acerto como voto de confiança e tranquilidade para Carleto na preparação para o ano que vem. A mensagem de que o desejo está desconectado do que acontecer na Copa é fundamental para a gestão da entidade.
Antes do empate com a Tunísia, em Lille, no mês passado, Ancelotti chegou a brincar com a situação:
– Não temos pressa para fazer, mas se a ideia for seguir não tem problema. A verdade é que o contrato antes do Mundial é mais barato e depois pode ser muito mais caro.
Carlo Ancelotti está no comando da Seleção desde o final de maio deste ano. Foram oito partidas disputadas, quatro vitórias, dois empates, duas derrotas, com 14 gols marcados e cinco sofridos.