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Fla arrecada mais de R$ 1 bi pelo 4º ano, mas dívida cresce 581%

O Flamengo arrecadou mais de R$ 1 bilhão pelo quarto ano consecutivo. No balanço de 2024, o Rubro-Negro divulgou uma receita bruta de R$ 1,3 bilhão. Por outro lado, o documentou indicou aumento de 581% na dívida líquida operacional e um déficit de R$ 734 mil.

Os números negativos são explicados pelo investimento em atletas no segundo semestre do ano passado e pela compra do terreno do Gasômetro, onde o Flamengo pretende construir seu estádio.

- No ano de 2024, o Flamengo realizou investimentos expressivos no elenco, chegando a R$ 415 milhões, o maior valor da série histórica (desde 2019), o que, apesar de elevar o ativo do Clube, contribuiu para a geração de caixa negativa e o déficit no exercício. Em 2024, o clube voltou a ter um capital circulante negativo, de R$ 182 milhões, reflexo da redução no saldo de caixa e do aumento das obrigações de curto prazo, referente a compra dos jogadores - explicou o clube no balanço.

• Receita bruta: R$ 1.334 bilhão
• Receita recorrente: R$ 1.227 bilhão
• Ebitda: R$ 271 milhões
• Custos e despesas operacionais: R$ 935 milhões
• Déficit: R$ 734 mil
• Dívida operacional líquida: R$ 327 milhões

Demonstração financeira do Flamengo: superávit em 2023 e déficit em 2024 — Foto: Reprodução

A receita recorrente de R$ 1,2 bilhão é a maior dos últimos seis anos. Os custos e despesas operacionais, que somam R$ 935 milhões, também atingiram o maior valor da série histórica.

Dos pouco mais de R$ 1,3 bilhão arrecadado, R$ 107 milhões vieram da venda de atletas. Em 2023, o Flamengo havia arrecadado R$ 303 milhões com venda de jogadores e fechado o ano com superávit de R$ 319,5 milhões.

Balanço do Flamengo: vendas e compras de jogadores nos últimos seis anos — Foto: Reprodução

Custos dos jogadores contratados em 2024*:

• De la Cruz (R$ 102,6 milhões)
• Matias Viña (R$ 50,4 milhões)
• Léo Ortiz (R$ 43,7 milhões)
• Carlinhos (R$ 3,7 milhões)
• Carlos Alcaraz (R$ 125,4 milhões)
• Alex Sandro (R$ 3,2 milhões)
• Gonzalo Plata (R$ 30 milhões)
• Michael (R$ 7,6 milhões)
  *Os valores incluem comissões a intermediários

O clube encerrou 2019, o primeiro ano de gestão de Landim, com R$ 466 milhões em dívidas. Em 2020, o valor aumentou por causa da pandemia e chegou a R$ 585 milhões. Mas voltou a reduzir em 2021 e caiu para R$ 292 milhões. Em 2022, chegou a R$ 227 milhões antes de cair para R$ 48 milhões em 2023 e aumentar novamente em 2024, para R$ 327 milhões.