Após a derrota nos pênaltis na final do Intercontinental para o PSG, o técnico Filipe Luís fez um pedido aos jogadores do Flamengo: para todos se cuidarem nas férias, de olho na reapresentação em janeiro.

A despedida teve sinais claros de um até logo, mesmo antes da retomada das negociações do clube para a renovação de contrato do treinador, que vence ao fim deste ano. Há confiança por outro motivo.

Na avaliação da cúpula do Flamengo, a excelente temporada de Filipe Luís vai lhe abrir portas na Europa, mas dificilmente haverá clubes livres para pensar em sua contratação.

Por isso, a diretoria vai oferecer uma valorização e um novo contrato dentro do que entende ser merecido pelo técnico, que não escondeu o sonho de um dia voltar à Europa.

Sem licença

Hoje, porém, há obstáculos. Além do mercado fechado em janeiro, meio de temporada, Filipe não tem a licença para trabalhar na Premiere League, da Inglaterra.

As opções seriam restritas a outros países, como Portugal e Espanha, que possuem treinadores em suas principais equipes. O futebol árabe é visto como alternativa financeira, mas não esportiva.

Para um treinador em começo de carreira, o Flamengo entende que a renovação será o melhor caminho, a não ser que Filipe queira ouvir ofertas de outro clube brasileiro. O que não é o caso.

Portanto, tudo vai passar pela conversa prevista para os próximos dias entre o treinador e o presidente Luis Eduardo Baptista, o Bap, que tomou a frente da negociação.

Desde a vaga para a final da Libertadores, o tema ficou congelado. O diretor José Boto votou pela continuidade e deixou as tratativas com o mandatário, que fez ponderações.

Filipe é representado pelo empresário português Jorge Mendes, com boa entrada na Europa, e já alinhado sobre as pretensões financeiras do profissional. Um denominador comum é aguardado.

Por enquanto não há sinais, nem no vestiário do Flamengo, nem nas movimentações de mercado, que o casamento do clube com Filipe Luís está a perigo. Mas será preciso colocar tudo no papel.