Nos dias 10 e 11 de abril, a cidade de Patos foi palco do II Festival Esportivo Paralímpico, uma iniciativa do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, promovido em parceria com a Prefeitura Municipal e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), campus Patos. O evento reuniu profissionais de educação física, professores, atletas e estudantes com deficiência de Patos e cidades vizinhas, com o objetivo de incentivar a prática esportiva inclusiva.
No primeiro dia de programação, no campus do IFPB, o foco foi a capacitação de cerca de 100 profissionais da área, promovendo formação voltada para o atendimento e desenvolvimento esportivo de pessoas com deficiência. Já o segundo dia, no Complexo Esportivo e Centro de Convivência “O Rivaldão”, foi dedicado aos alunos e atletas, com demonstrações de modalidades paralímpicas como futebol de cegos, bocha adaptada e atletismo, em um ambiente de recreação e aprendizado.
Leonardo Navarro, coordenador de extensão do IFPB Patos, destacou a importância da continuidade do festival e da parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro. "É o segundo ano que realizamos o evento e a ideia é fortalecer cada vez mais esse movimento. Queremos mostrar que o esporte também é para todos e tem poder transformador", afirmou.
Presente no evento, Fábio Vasconcelos, coordenador do Centro de Referência Paralímpico em João Pessoa, revelou planos para a instalação de um centro em Patos. Segundo ele, a cidade já enviou uma carta de intenção ao comitê em São Paulo, e uma visita técnica será realizada em breve. “Patos tem se mostrado um polo importante no sertão paraibano. O festival foi fantástico, com participação expressiva de crianças e professores, e queremos dar continuidade a esse trabalho de inclusão e descoberta de novos talentos”, destacou.
Entre os participantes estava também o professor Guilherme Vasconcelos, do IFPB, que é cadeirante e coordena um projeto de extensão de Goalball para pessoas com deficiência visual. Ele espera que, com a chegada do centro de referência, os jovens do projeto possam ser inseridos em um programa mais amplo e, quem sabe, chegar às Paralimpíadas. “Nossa intenção agora é quando chegar o centro de referência de paralímpico aqui em Patos, a gente inserir esses meninos do projeto pra quem sabe futuramente ter alguém aí nas Paralimpíadas”, completou.
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