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Flamengo vai à final no Catar em sua melhor versão para tentar fazer história

Por Globo Esporte   Domingo, 14 de Dezembro de 2025

Flamengo está a um passo de conquistar o mundo no Catar. A já histórica temporada de quatro títulos, entre eles a Libertadores e o Brasileirão, poderá ser fechada com chave de ouro em um confronto contra o campeão europeu Paris Saint-Germain na próxima quarta-feira, às 14h (horário de Brasília), em Doha (Catar), valendo a Copa Intercontinental. A equipe de Filipe Luís cumpriu seu papel e eliminou Cruz Azul e Pyramids para chegar à final do torneio da Fifa. Ontem, uma atuação segura terminou em vitória por 2 a 0 sobre o time egípcio, com gols de Léo Pereira e Danilo.

O rubro-negro teve o controle do jogo e fez valer a enorme superioridade técnica com um gol em cada tempo, conquistando a chamada Challenger Cup. Autor dos dois gols da vitória contra o Cruz Azul, Arrascaeta reassumiu o posto de maestro e cruzou para os gols dos dois zagueiros. O uruguaio, que já vive sua melhor temporada da carreira em jogos (63) e gols (25), agora estabeleceu sua maior marca de assistências (20) pelo Fla, superando as 19 de 2019 e 2022.

A letalidade na bola parada da dupla de zaga artilheira foi decisiva em uma atuação eficiente no estádio Ahmad bin Ali. Filipe Luís fez três alterações na escalação — colocando Danilo, Everton Cebolinha e Plata nos lugares de Léo Ortiz, Samuel Lino e Bruno Henrique —, e o time manteve o padrão de rotação de bola e movimentação. Mesmo sem ter feito um jogo dos mais brilhantes, Carrascal foi eleito o melhor em campo.

O Pyramids não jogou tão defensivamente quanto se esperava e chegou a ameaçar em estocadas pontuais. Mas Rossi, seguro, esteve presente para fazer ao menos duas boas defesas, uma delas em uma intervenção crucial no fim do primeiro tempo, quando a vantagem era de 1 a 0, parando o atacante Mayele.

Danilo comemora seu gol, o segundo do Flamengo sobre o Pyramids, pela Copa Intercontinetal — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Danilo comemora seu gol, o segundo do Flamengo sobre o Pyramids, pela Copa Intercontinetal — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Enquanto a solidez defensiva foi mantida, os zagueiros foram resolver na frente. Com 23 minutos, Arrascaeta cobrou falta e Léo Pereira fuzilou de cabeça. Aos seis minutos do segundo tempo, nova falta do camisa 10, e Danilo apareceu sozinho na segunda trave para dar números finais ao placar. A vantagem confortável contra um Pyramids nervoso e sem sinais de reação permitiu a Filipe Luís preservar seus principais jogadores, já pensando na final.

Entre tantas boas notícias, os pouco mais de 8.300 presentes nas arquibancadas de Doha ainda viram Pedro retornar após quase dois meses. O centroavante, que havia virado desfalque por conta de uma fratura no antebraço direito e uma lesão na coxa esquerda, deu bons sinais nos cerca de dez minutos em que esteve em campo, inclusive quase marcando, em finalização de carrinho, na qual admitiu ter preservado a perna esquerda. Se antes a previsão era que só voltasse em 2026, agora poderá jogar mais minutos no grande jogo da temporada — e um dos maiores do Fla em sua história.

 

O aguardado duelo

 

Para conquistar o mundo pela segunda vez, o Flamengo, campeão mundial em 1981, terá pela frente um Paris Saint-Germain que encantou a Europa na temporada passada, começou irregular na atual, mas reencontrou o bom futebol. Jogar à feição e de peito aberto não deverá ser uma opção, e o treinador e o experiente elenco já demonstram saber disso. Hoje, o grupo recebe uma folga antes de começar a preparação para o maior dos desafios de 2025.

— Temos que valorizar o esforço dos jogadores, estão fazendo uma temporada esplêndida. Vamos enfrentar o campeão da Champions e o melhor treinador do mundo (Luis Enrique). Vamos ter que fazer um jogo perfeito. É a única chance — disse Filipe Luís na coletiva.

O final da temporada completa pesa muito em um desafio deste tamanho, principalmente para se equiparar fisicamente a uma equipe da elite europeia. Porém, o Flamengo está em sua melhor e mais madura versão para buscar um título que caminha entre o fantástico e o utópico. Mas será que é tão impossível assim?

 

"Ter que saber sofrer"

 

Neste Intercontinental, o rubro-negro soube muito bem se adaptar aos adversários. Diante de um Cruz Azul que espelhava o modelo de posse de bola e construção paciente, alternou os momentos de controle e fez gols à base da pressão alta e de bons ajustes táticos. Já contra o Pyramids, a solução que poderia vir pelo chão acabou aparecendo pelo alto, uma valência muito elogiada desta equipe desde que Rodrigo Caio se juntou à comissão técnica.

O principal personagem é Arrascaeta, que participou dos quatro gols do time no torneio até aqui — balançou a rede duas vezes e deu um par de assistências — e nunca esteve tão seguro no posto de protagonista.

Arrascaeta deu a assistência para o gol de Leo Pereira, do Flamengo, contra o Pyramids — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Arrascaeta deu a assistência para o gol de Leo Pereira, do Flamengo, contra o Pyramids — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

A retaguarda também vem estando segura e, mesmo em momentos de desconexão entre os homens de linha, Rossi segue se mostrando um ponto de segurança na meta. Tudo isso somado a um elenco com profundidade, e com peças que estão entrando nas partidas e ajudando a resolver, aumenta a confiança.

O confronto contra o PSG não pode permitir deslumbramentos. O Flamengo precisará fazer um jogo muito seguro defensivamente e aproveitar os momentos ideais para tentar fazer um gol. Diante de um adversário como esse, um pequeno vacilo em quaisquer dos lados da bola pode comprometer em definitivo. O rubro-negro vai apostar no momento e na experiência de tantos jogadores rodados no futebol europeu — Jorginho, Danilo, Alex Sandro e companhia — para mudar sua própria história.

— Os jogadores querem muito. Não teve viagem, cansaço nem número de jogos. Você vê no semblante como eles queriam chegar nessa final, viver esse momento. A alegria pelo companheiro, como todos vibram. É muito difícil conquistar isso em um grupo com tantas personalidades. A gente percebe essa sintonia — destacou Filipe Luís. — A partir de amanhã (hoje), vou começar a estudar (o PSG). Assistir muitos jogos. Algumas equipes conseguiram neutralizar eles. Mas não tenho dúvida que vamos ter que saber sofrer, da mesma forma que soubemos sofrer hoje (ontem) em determinado momento do jogo. Vamos ter que correr atrás da bola. É um time com muita qualidade técnica e individual. Acreditamos muito que é possível.

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