O bom começo dos times da América do Sul na Copa do Mundo de Clubes se tornou pauta quase obrigatória para a imprensa internacional na cobertura do torneio. E nem Pep Guardiola escapou do assunto.
Neste sábado, véspera do jogo contra o Al Ain, pela segunda rodada do Grupo G, o técnico do Manchester City foi questionado se gostaria de dirigir uma equipe sul-americana algum dia.
- Por que não? - respondeu o treinador espanhol.
- Estou amando o que estou vendo. Botafogo, Fluminense, todos os time brasileiros e argentinos... Como eles comemoram os gols, como estão juntos. É uma cultura, os torcedores deles estão em maior número aqui que os europeus. É sobre isso, você tem que viver a competição - completou o treinador.
Guardiola revelou que está impressionado com a paixão demonstrada por torcedores e jogadores dos times da América do Sul. O técnico de 54 anos revelou sua admiração pelo futebol do continente.
- Muita, muita coisa boa na história do futebol veio da América do Sul. Especialmente Brasil, Colômbia, Argentina, Uruguai, eu diria de todos os países. Muita coisa boa. Os melhores jogadores são de lá, e depois muitos vão para a Europa pela oportunidade econômica e o prestígio - declarou.
Pep Guardiola, técnico do Manchester City — Foto: Dennis Agyeman / AFP7 via Getty Images
Outro assunto recorrente neste início de Copa do Mundo de Clubes é a importância que os europeus dão ao torneio. Guardiola reconheceu que "nada mudou" após suas conquistas no Mundial com Barcelona (2009 e 2011) e Manchester City (2023), enquanto os sul-americanos "fazem um carnaval" quando ganham títulos dessa envergadura. Por isso, o treinador afirmou que pretende "ir o mais longe possível" na Copa do Mundo de Clubes, mesmo que não seja campeão.
Para aqueles que desdenham das derrotas dos europeus neste início de competição, Guardiola reservou um recado irônico: "Bem-vindo ao mundo real".
- As pessoas ficam surpresas que o time europeu perdeu. Bem-vindo ao mundo real, meu amigo! Parece que você ficou olhando para sua barriga e não viu o que estava acontecendo. Porque eles (sul-americanos) são bons - disse ele.
Mas como seu trabalho ainda é levar o Manchester City a novas conquistas, Guardiola também falou, claro, sobre o jogo deste domingo. O técnico revelou que mudará todo o time em relação à vitória por 2 a 0 sobre o Wydad Casablanca na estreia.
Mesmo com tanta mudança, o volante Rodri, que neste sábado completou 29 anos, continuará no banco de reservas. Voltando a jogar após nove meses se recuperando de uma ruptura de ligamentos, Rodri entrou nos 15 minutos finais contra o Wydad, e a tendência é voltar a ganhar ritmo gradativamente contra o Al Ain.
- Ele está melhorando, mas não podemos esquecer que são quase nove meses desde aquele dia triste. É uma contusão de dez a 12 meses (de recuperação), é uma longa lesão. Se ele puder jogar de 20 a 30 minutos, já está bom. Sei que ele quer estar lá, mas temos que protegê-lo - afirmou Guardiola.
« Voltar