O Flamengo se despediu do Mundial valorizado pela forma como venceu o Chelsea-ING e pela conquista da liderança de seu grupo na primeira fase. Ficou com a confiança lá no alto para a sequência da temporada, na qual lidera o Brasileiro e está vivo na Libertadores e na Copa do Brasil. Tudo ia bem até a bola parar de rolar e uma série de episódios mudarem o ambiente. Às 16h30, contra o São Paulo, no Maracanã, o time volta a campo. E a expectativa da torcida é de que isso faça esta nuvem carregada passar.
Mas uma ausência neste sábado já evidencia um dos problemas. Pedro não foi sequer relacionado para ficar no banco. Uma opção da comissão técnica, que não anda satisfeita com seus treinos.
A decisão ocorre poucos dias após um membro do departamento de futebol admitir ao portal UOL que o rubro-negro aceitaria vendê-lo por 15 milhões de euros (R$ 97,7 milhões) e tratá-lo como empecilho para a contratação de um camisa 9 com perfil mais identificado com o estilo de jogo de Filipe Luís.
Publicamente, o Flamengo divulgou nota oficial reforçando a confiança em Pedro e afirmando que ele está nos planos para o restante da temporada. Mas, nos bastidores, criou-se um mal-estar com o atleta. Em junho, o diretor técnico José Boto já havia declarado que gostaria de contratar Vlahovic, da Juventus.
O episódio ainda expôs a insatisfação de Pedro com a postura da diretoria na negociação pela renovação contratual, hoje travada. Arrascaeta está na mesma situação.
O próprio dirigente português está envolvido em outras crises. O ponto mais crítico foi a tentativa de contratação de Mikey Johnston, do West Bromwich, da segunda divisão inglesa. A aposta de Boto no atacante de 26 anos teve repercussão negativa, e a pressão fez com que o presidente Bap vetasse o negócio, que custaria 5 milhões de libras (R$ 37,6 milhões).
Para completar, Boto ainda ficou com a imagem arranhada pela cessão gratuita de Victor Hugo ao Farmalicão-POR. O Flamengo, que há dois anos recusou proposta de 20 milhões de euros (R$ 107 milhões na cotação da época) do Wolverhampton-ING, apenas manterá 50% dos direitos sobre o meia.
A expectativa agora é que boas performances e vitórias ajudem a blindar o time dos problemas extracampo. Assim como o reencontro com a torcida após mais de um mês fora.
— Vai ser um jogo difícil, mas com o empurrão da torcida e com o trabalho que a gente vem fazendo, a gente pode sair feliz desse jogo — comentou Jorginho, que fará sua estreia no Brasil justamente no Maracanã: — A expectativa é grande. Com certeza vai ser um momento muito especial para mim e para a minha família.
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