O aumento exacerbado da população de cães e gatos dentro do Campus Patos do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) levou a direção tomar atitudes mais severas e drásticas
O diretor do Campus, Ronaldo Lima, explicou que a situação se agravou nos últimos meses sendo observado um crescimento expressivo na quantidade de cães e gatos circulando livremente pelo campus, especialmente em áreas como o refeitório, cantina e copa.
Deste modo, Ronaldo relatou que a situação se tornou crítica, exigindo medidas responsáveis e articuladas com os órgãos competentes. Segundo ele, o fato tem gerado riscos à segurança e à saúde da comunidade acadêmica, incluindo episódios de ataques e circulação em áreas sensíveis à higiene.
Para o diretor, ao passo que esses animais foram sendo alimentados constantemente dentro das instalações, isso contribuiu para essa permanência prolongada, gerando aumento da população, o que gerou até denúncias formais junto à Vigilância Sanitária e à Comissão de Insalubridade.
Desse modo, a Comissão Permanente de Insalubridade e Periculosidade do IFPB (CPIP) e a Vigilância Sanitária Municipal determinaram a retirada dos animais para locais adequados (canil e gatil).
Os estudantes não gostaram da atitude e reclamam, pois alegam que esses animais são saudáveis, bem alimentados, vacinados, acompanhados por veterinários e não apresentam nenhum comportamento agressivo.
“Não há qualquer evidência que sustente essa acusação. Os animais estão bem, recebem cuidados e já fazem parte da nossa rotina. Não representam perigo para ninguém”, afirmou um dos estudantes.
“Querem retirar animais saudáveis e sociáveis para colocá-los em um ambiente insalubre. Isso é inadmissível”, diz a nota dos alunos.
Os estudantes fazem um apelo público para que servidores, professores e demais membros da comunidade acadêmica se manifestem contra a medida. Para eles, manter os animais no campus é um ato de humanidade e respeito aos valores que devem nortear uma instituição de ensino.
“Essa não é apenas uma questão sobre animais. É sobre ética, responsabilidade e respeito à vida. É lamentável ver profissionais da educação endossando ou se calando diante de uma medida tão injusta. O silêncio também é uma forma de conivência”, diz outro trecho da nota.
O diretor destacou que a retirada está sendo feita de maneira gradual, responsável e ética, em parceria com o Canil Municipal da Prefeitura de Patos, que só realiza a remoção quando há garantia de acolhimento adequado, com acompanhamento sanitário e destino seguro. Ronaldo Lima reforçou ainda que não há maus-tratos aos animais e lembrou ações de bem-estar realizadas ao longo dos últimos dois anos.