Algaroba cai por cima de duas motos na Rua Darcílio Wanderley, no Centro de Patos

Por Vicente Conserva - 40 graus com Polêmica Patos Segunda-Feira, 13 de Outubro de 2025
Sem muitas revelações públicas de quem de fato estaria envolvido na fraude milionária no Centro Universitário de Patos (UNIFIP) após denúncias virem à tona por meio do próprio reitor e proprietário, João Leuson Palmeira Gomes Alves, surgiram várias teorias sobre o que de fato estaria ocorrendo dentro da instituição.
O anúncio por parte de João Leuson de que uma das providências adotas para parar a sangria no caixa da instituição teria sido pelo menos 18 demissões de forma preventiva, deixou alguns servidores atingidos revoltados já que eles dizem que não sabem o motivo real dos desligamentos e outros foram demitidos por serem taxados como omissos ou coniventes pelo simples fato de serem familiares do mentor da fraude.
O caso chegou ao Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da procuradora Marcela de Almeida Maia Asfora, que está de posse da Notícia de Fato, abrindo procedimento sobre as demissões ocorridas.
O caso em tela envolve um funcionário da mais alta confiança da instituição que teria causado um rombo no caixa, ainda não totalmente calculado, mas que pode ser milionário. João Leuson garante que tem provas consistentes sobre o caso e determinou de imediato uma auditoria para apurar toda a conduta do funcionário.
Ele está sendo acusado pelo próprio Centro Unifip de adulterar documentos, manipular planilhas e utilizar bens da instituição em benefício próprio, numa trama montada, que por muito tempo teria passado desapercebida dos donos da maior unidade de ensino técnico-universitário da Capital do Sertão.
Segundo João, havia desvio de material de construção, falsificação de notas fiscais, adulteração de planilhas e recibos, beneficiando pessoas da instituição com reformas em imóveis, com construção de prédio, e equipou granja sofisticada e estava tendo uma vida incompatível com a sua renda.
Para alguns servidores demitidos, o reitor tomou a decisão de forma precipitada. No entanto, João garante que as demissões foram todas legais e baseadas em fatos.
“De fato, o rombo é muito grande! Isso não foi uma coisa só não! Isso já vem de muitos anos…muitas pessoas confessaram. Algumas pessoas foram chamadas e confessaram. Nós temos áudios, depoimentos, temos provas consistentes, o computador dele foi todo vasculhado…teve desvio comprovadamente”, relatou João Leuson.
Ocorre que outro desdobramento foi o fato de que algumas demissões já estarem sendo questionadas até de forma pública. Foram os casos de duas servidores que vieram a público, através de seu advogado constituído, Taciano Fontes, que questionou a forma como suas clientes, as professoras Alana e Aristeia Candeia, foram demitidas do UNIFIP após o escândalo envolvendo o seu irmão, Aldo Candeia, suspeito de desvio de recursos da instituição. Ele fez um vídeo para expor o que está sendo feito até o momento.
“Teve trabalhador demitido apenas por ter contato com o suspeito de ter cometido os desvios. Isso é absurdo!”, destacou Taciano.
Taciano disse que a declaração do reitor da UNIFIP, João Leuson Palmeira, foi infeliz ao falar das demissões das professoras. O advogado quer que a UNIFIP se desculpe pelas declarações e exponha as desculpas nas redes sociais e sites de notícias.
Conforme o advogado, o caso foi levado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) diante das demissões em massa que ocorreram após a descoberta dos desvios de recursos das pessoas ligadas ao senhor Aldo Candeia.
Veja o vídeo do advogado:
“Se o irmão via o patrimônio do outro crescer de forma incompatível com sua renda e não comunicava nada, também se torna conivente. Por isso, estamos fazendo uma limpeza geral”, alegou João Leuson.
João Leuson revelou que a auditoria não foi finalizada, e que neste instante, não tem como dizer nem calcular o tamanho do prejuízo que pode ultrapassar a cifra de milhões.
Nos corredores da instituição, porém, o que se escuta é que as cifras do desvio são na estratosfera, visto que, informações recebidas de bastidores uns dizem que já ouviram falar em desvio que ultrapassa os R$ 5 milhões, podendo chegar a mais de 20 milhões desviados de diferentes formas em vários anos, com envolvimento de vários funcionários de diferentes áreas da instituição, ocupando cargos de confiança em departamentos estratégicos das áreas financeira, patrimonial e de infrestrutura, que podem passar de duas dezenas.