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Fugindo de efeito negativo, Bolsonaro agora nega elo com tarifas

Por G1    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou em entrevista ao blog nesta segunda-feira (21) relação com tarifaço de 50% contra produtos brasileiros anunciado pelo governo Donald Trump, e disse não ter o que fazer em relação à medida.

A entrevista foi feita por videoconferência. Bolsonaro estava acompanhado do advogado, Paulo Cunha Bueno.

"Isso é lá do governo Trump. Não tem nada a ver com a gente. Querem colar na gente os 50%. Mentira", afirmou Bolsonaro.

 

Questionado se não tinha o que fazer em relação à medida, o ex-presidente respondeu: "Eu não tenho contato com autoridades americanas."

 

Ao anunciar a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, Trump citou Bolsonaro e disse ser "uma vergonha internacional" o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (veja a íntegra do documento).

Para o ex-presidente, a solução para o impasse é "ir lá conversar com Trump" para "ouvir as condições dele".

 

'O Eduardo não pode falar em nome do governo brasileiro'

 

Bolsonar, agora, nega que o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – que tem liderado articulações nos Estados Unidos em favor de retaliações ao Brasil em razão do julgamento do pai – possa negociar com as autoridades americanas.

 

"Ele não pode falar em nome do governo do Brasil. O Eduardo não pode falar em nome do governo brasileiro."

 

Na última quarta-feira (16), após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamar empresários e um representante do governo dos EUA para discutir o assunto, Bolsonaro havia dito que "quem está à frente dessa negociação chama-se Eduardo Nantes Bolsonaro".

Em relação à atuação do filho, o ex-presidente disse ainda que chegou a pedir "para que ele segurasse, "medisse as palavras", mas chamou-o de "um cara responsável" e não quis dizer se acha que ele deve voltar ao Brasil – a licença do parlamentar terminou no domingo (20).

 

"Eu não acho nada. Ele é maior de idade, pessoa responsável, tem vergonha na cara, está fazendo um trabalho pela nossa liberdade.'"

 

 

'Não é quase nada esses US$ 14 mil'

Na entrevista, o ex-presidente também minimizou os US$ 14 mil apreendidos pela Polícia Federal, na casa dele, na sexta-feira (18).

 

"Você acha que 14 mil dólares é muita coisa?", afirmou. "Eu tenho um bom recurso no banco. No momento, tive lá R$ 17 milhões lá atrás do pix, né, caiu bastante. Despesas... e tem um bom recurso. Então, perto do que eu tenho no banco em dinheiro que tá no banco, não é quase nada esses US$ 14 mil".

 

Bolsonaro afirmou, ainda, ter ouvido dizer que no pen drive encontrado pela PF em um banheiro – que perícia apontou não ter nada relevante para a investigação – contém "música gospel e foto de família".

 

Bolsonaro diz que deve participar de reunião no Congresso

 

O ex-presidente voltou a defender a anistia para os envolvidos em 8 de janeiro – que poderia beneficiá-lo.

 

"Olha o Congresso, pela Constituição, anistia é algo privativo do Parlamento. Agora, quando a começa a discutir anistia, alguém do Supremo fala 'se aprovar nós vamos nós vamos declarar inconstitucional'. Acabou a conversa."
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