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Por Redação 40 Graus com Patosonline Sexta-Feira, 15 de Agosto de 2025
A advogada Samara Oliveira, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Patos (CMDM), subiu o tom ao discursar na tribuna da Câmara Municipal de Patos, onde fez um apelo contundente às autoridades para que sejam efetivadas políticas públicas de enfrentamento ao feminicídio e ao atendimento de mulheres vítimas de violência.
A falta de uso de verbas repassadas para a Secretaria de Mulheres do município foi uma de suas críticas. “Você passa aqui, nessa casa, verba para a Secretaria de Mulheres, que nunca é usada. O que de fato acontece? O que eu digo às mulheres quando preciso ajudá-las a tirar documentos, porque o agressor queimou todos? Muitas vezes coloco minha vida e a delas em risco para garantir isso”, afirmou.
A presidente também criticou a ausência de assistência psicológica a crianças que presenciaram o assassinato de suas mães, relatando casos de vítimas que permanecem desamparadas. “O assassino matou na frente da criança e ela está até hoje sem atendimento psicológico”, denunciou.
Segundo Samara, o atendimento às mulheres vítimas de violência por parte da Delegacia da Mulher da cidade pode ser considerado insensível.
Ela relatou que há vítimas que temem não apenas o agressor, mas de fazer a denúncia dentro da própria delegacia, por receio de serem tratadas de forma indiferente ou terem sua palavra colocada em dúvida. “Um local que é para acolher e ouvir a vítima não pode agir dessa forma. Quem deve julgar é o Poder Judiciário”, destacou.
Outro dado disponibilizado pela advogada é o fato de Patos liderar o ranking nacional do Ministério das Mulheres na realização de conferências livres, fruto do trabalho do Conselho da Mulher e da sociedade civil organizada.
“Até o momento, já foram 12 conferências, ouvindo cerca de 600 mulheres, restando ainda três encontros”, afirmou Oliveira.
Por fim, a presidente enfatizou que o “Agosto Lilás” vai além das campanhas simbólicas e pediu que a campanha seja transformada em ações concretas. “Antes de achar a beleza no agosto lilás, precisamos sentir a dor do outro. Que possamos trabalhar para que não haja mais mulheres mortas. Ano passado foram três. Hoje, são números, mas por trás de cada número há uma vida”, concluiu.