Três membros de uma mesma família de Patos seguem internados no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande após darem entrada com queimaduras pelo corpo por conta de um incêndio de grandes proporções ocorrido na noite do último sábado (31) em uma residência no bairro Santa Clara, Zona Oeste da cidade.
Todos foram encaminhados inicialmente para o Complexo Hospitalar Regional e Hospital Infantil, em Patos, em estado grave, e transferidos para o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, onde permanecem internados.
Segundo Boletim Médico do Trauma, mãe, filha e neto segue em estado grave e o quadro clínico inspira cuidados, especialmente o das duas mulheres.
A médica Isis Lacerda, cirurgiã plástica responsável pelo atendimento, relatou que o bebê de 1 ano e 4 meses, segue internado na UTI Pediátrica, com quadro clínico regular. Ele foi o único que chegou ao hospital respirando sem ajuda de aparelhos.
A criança também apresenta uma infecção das vias aéreas, agravada pelo quadro gripal pré-existente e pela inalação de fumaça durante o incêndio. Mesmo assim, seu estado é considerado o menos grave entre os três.
Já a mãe dele, Kelly Keltylly Faustino Lucena, de 33 anos, e a avó, Maria Faustino Lucena, de 58 anos chegaram entubadas, com queimaduras graves e lesões por inalação de fumaça, e continuam internadas sob monitoramento intensivo.
Inclusive, Kelly é a que apresenta maior gravidade em seu quadro clínico. Ela sofreu queimaduras em cerca de 30% da superfície corporal, incluindo rosto, braços e pernas. Já Maria, de 58 anos, teve queimaduras de segundo grau em rosto e membros superiores.
A médica relatou que o tipo de queimadura enfrentado pelas vítimas é considerado de alto risco, principalmente por ter ocorrido em ambiente fechado, o que intensifica os efeitos da inalação de fumaça e dificulta o resgate imediato.
“São queimaduras por fogo, em ambiente fechado, e parece ter passado muito tempo até o resgate, pelo menos é o relato de que a criança demorou a ser retirada. Não podemos afirmar que a evolução será positiva, porque o período de 48h não passou ainda e as queimaduras foram em ambiente fechado, por fogo, com inalação de fumaça. Então é preocupante e delicado o estado de saúde de todos três, o da criança melhor pois não está entubada”, afirmou Isis Lacerda.
As vítimas estão, até o momento, estáveis e sem uso de drogas vasoativas, mas a equipe médica alerta para a gravidade e instabilidade do quadro, com monitoramento constante da pressão arterial, função pulmonar e riscos de infecção.
Investigação
A Polícia Civil, através do delegado Claudionor está investigando o caso e já colheu depoimentos de testemunhas. Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias do incêndio.
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