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Prefeito de Patos nomeia comissão para investigar seu próprio governo envolvido na Operação Cidade Luz

Por Redação com Patos Online e MPPB    Sexta-Feira, 10 de Agosto de 2018


Sem aparecer em público desde a deflagração da Operação Cidade Luz, pelo Ministério Público Estadual (MPE), que apura esquema criminoso de propinas na sua gestão, o prefeito do Município de Patos, Dinaldo Filho (PSDB), pronunciou-se apenas através de Diário Oficial do Município sobre o assunto, nesta terça-feira(07), ao nomear uma Comissão de Sindicância Investigativa composta por servidores que integram o quadro da Prefeitura para apurar os fatos denunciados já que vários são os investigados no seu governo, inclusive ele próprio.

A presidência da Sindicância Investigativa ficará a cargo do atual secretário de Agricultura do Município de Patos, João Paulo de Lacerda Roberto, que também é funcionário público efetivo em Patos como auxiliar de serviços. Os demais que compõem a comissão são Gilberto Farias Monteiro(técnico administrativo) e Thoyama César de Medeiros Nóbrega(professora básico 3).

De acordo com o nomeante, a referida comissão tem o prazo de 30 dias, que serão são prorrogáveis, para apurar os fatos, servidores municipais, fatos conexos que surgirem no decorrer dos trabalhos que tenham desdobramentos da Operação Cidade Luz.

Nesta quinta-feira(09), na Câmara Municipal, vereadores tanto de oposição quanto de situação, não conseguiram esconder o descontentamento com tal medida, nem tampouco, a descrença quanto a efetividade da Sindicância Investigativa. Nenhum quis se pronunciar publicamente sobre o fato, mas consideram ser patética a medida e pouco efetiva.

A Operação Cidade Luz

A Operação Cidade Luz revelou um esquema criminoso que desviou mais de R$ 183 mil dos cofres públicos em propinas pagas a um grupo político e gerou o lucro de R$ 547 mil a duas empresas prestadoras de serviço de iluminação pública. De acordo com a investigação, houve um enriquecimento ilícito inicial de R$ 730 mil aos investigados, de um total de R$ 1,09 milhão pagos pela Prefeitura de Patos em empenhos, em apenas 10 meses. O chefe de gabinete de Patos foi preso.

A ação conjunta foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (2) e coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), com o órgão ministerial do Rio Grande do Norte (MPRN) e as polícias Civil e Militar da Paraíba. O procurador-geral de Justiça em exercício, Alcides Jansen, explica que as investigações foram iniciadas pelo MPRN.

“Identificamos que em Patos estava havendo algo semelhante ao que foi identificado no Rio Grande do Norte. São valores que impressionam pelos recursos públicos envolvidos e com indícios e elementos probatórios de propinas recebidas em face de contratos mantidos com a administração pública”, disse ele.

A ação contra fraudes em contratos de iluminação pública cumpriu nesta quinta-feira um mandado de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em locais onde funcionam prédios públicos da Prefeitura de Patos, no Sertão paraibano, e João Pessoa.

O chefe de gabinete da prefeitura de Patos, Múcio Sátiro Filho, foi preso por força de um mandado de prisão preventiva. Na casa dele foram encontrados documentos e armas.

Ainda em Patos foram feitas buscas em outros locais como Procuradoria do Município, Centro Administrativo, na casa do prefeito Dinaldo Wanderley Filho e na casa de um irmão do prefeito.

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