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Advogada paraibana vira ré no STF por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro

Por Wscom    Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025


A advogada Edith Christina Medeiros Freire, natural da Paraíba, passou a responder a processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A denúncia, feita pelo Ministério Público Federal (MPF), foi aceita pela maioria dos ministros da Corte. O caso tem relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Envolvimento na organização dos atos

De acordo com as investigações, Edith atuou diretamente na mobilização de paraibanos para a manifestação. Ela teria arrecadado recursos financeiros, financiado o transporte de manifestantes em ônibus fretados e participado das ações em Brasília. O relatório aponta que seu nome constava em uma lista de passageiros de uma das caravanas que saiu de João Pessoa rumo à capital federal.

Ainda segundo Moraes, a advogada usou sua chave PIX para receber doações e bancar despesas relacionadas à viagem, incluindo repasses para restaurantes e motoristas. Um dos pagamentos, no valor de R$ 16,7 mil, foi feito ao condutor Edcarlos Cunha de Oliveira, que teria conduzido o grupo até o Distrito Federal.

Apoio político e transferências

O relatório do STF também indica que Edith Christina recebeu apoio financeiro do deputado federal paraibano Cabo Gilberto Silva (PL). Outro depósito identificado foi de R$ 900, feito por Everton Emmanuel da Costa Oliveira, administrador da página “Contra Golpe Brasil” e também investigado por envolvimento nos atos.

Crimes atribuídos

Com base nas provas reunidas, a Procuradoria atribuiu à advogada seis crimes:

  • Associação criminosa armada

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito

  • Dano qualificado contra o patrimônio da União

  • Deterioração de patrimônio tombado

  • Concurso de pessoas

  • Concurso material

O ministro Alexandre de Moraes destacou, em seu voto, a gravidade dos fatos e a existência de indícios suficientes para abertura da ação penal. Os ministros André Mendonça e Luiz Fux acompanharam o relator com ressalvas, enquanto Nunes Marques votou contra o recebimento da denúncia.

Situação atual

Até o momento, o paradeiro de Edith Christina é desconhecido. O STF informou que todas as comunicações processuais estão sendo feitas por meio de seus advogados.

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