O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o relatório elaborado pelo deputado Derrite (PL-SP) ao PL 5582/25 — que cria o marco legal do combate ao crime organizado — mantém avanços importantes do texto original enviado pelo governo federal e, ao mesmo tempo, endurece o enfrentamento às organizações criminosas no país.

O documento foi protocolado na sexta-feira (7), logo após Derrite ser designado relator da proposta. O parlamentar retornou ao mandato após período de licença, quando ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo.

Segundo Hugo Motta, o debate sobre o tema será conduzido com transparência e respeito ao processo legislativo, e com a firmeza necessária diante da urgência vivida pela população nas ruas. Ele reforçou que o Plenário terá papel central nessa construção. ”As discussões serão amplas e democráticas. Vou conduzir os trabalhos com a seriedade que o tema exige, sempre ouvindo todas as vozes. O país pode divergir em muitas coisas, mas, na defesa da vida e da segurança, o Brasil precisa andar junto", afirmou.

O presidente da Câmara enfatizou ainda o caráter suprapartidário da proposta e a necessidade de união entre os Poderes e a sociedade para avançar no combate ao crime organizado. "Essa não é uma pauta de direita nem de esquerda, é uma pauta do Brasil. Quando o tema é segurança, não há ideologia que se sobreponha à proteção da sociedade. O que a sociedade cobra é uma resposta dura, e é o que a Câmara vai fazer, endurecendo penas, modernizando a legislação para que as forças de segurança e o poder judiciário tenham mais instrumentos pra enfrentar o crime organizado que, infelizmente, tem tomado conta de várias regiões do país”, declarou.

Para o parlamentar, a busca por soluções efetivas na área da segurança pública exige maturidade e compromisso compartilhado.

“Desde que assumi a presidência da Câmara, mais de 40 projetos foram votados, o que demonstra que essa pauta é prioridade para o legislativo. É hora de colocar todos na mesma mesa: governo, Congresso e sociedade. Com diálogo, responsabilidade e convergência, vamos trabalhar por um projeto que una o país no que realmente importa: garantir segurança à nossa população", completou.