Professora da UFPB é primeira mulher eleita presidente da Academia Brasileira de Música
Por Lucas Isidio Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2025
A professora aposentada da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Drª Ilza Nogueira, foi eleita presidente da Academia Brasileira de Música (ABM). A instituição foi fundada pelo compositor, maestro, violoncelista, pianista e violonista brasileiro Heitor Villa-Lobos e é sediada no Rio de Janeiro.
A posse da compositora e acadêmica Ilza Nogueira ocorrerá em março de 2026. Ela estará na presidência da ABM até 2028.
A Drª Ilza Nogueira é natural da Bahia e chegou a João Pessoa em 1978, quando foi contratada para ser professora no Departamento de Música da UFPB. No setor, ela foi docente na graduação e na pós-graduação em Música durante 22 anos.
A Drª Ilza é graduada em Música (piano) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em composição em Colônia (Alemanha), sob a orientação de Maurício Kagel. Fez mestrado e doutorado na Universidade Estadual de New York, em Buffalo, orientada por Lejaren Hiller e Morton Feldman.
Tem pós-doutorado, pela Universidade de Yale, em Teoria da Música, área em que também atua como musicóloga analista. Dedica-se ao repertório brasileiro contemporâneo e, principalmente, às obras do Grupo de Compositores da Bahia.
A professora é autora do livro ‘Ernst Widmer, Perfil Estilístico’ (UFBA, 1997). Publicou os catálogos de obras de Ernst Widmer, Lindembergue Cardoso, Fernando Cerqueira, Jamary Oliveira e Agnaldo Ribeiro, e coordenou por 20 anos o site “Marcos Históricos da Composição Contemporânea na UFBA”, que disponibiliza um acervo de estudos analíticos e edições críticas de obras significativas dos compositores baianos.
Ela fez parte do comitê assessor para a área de artes do CNPq, instituição onde desenvolveu uma sólida carreira de pesquisadora e chegou, recentemente, à categoria Sênior.
Fundou e presidiu a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) e Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA). Suas obras têm sido apresentadas em mostras no Brasil e no exterior, com destaque para a música de câmera e o repertório vocal.
Ingressou na Academia Brasileira de Música em abril de 2003, onde ocupa a Cadeira 27.
Com informações do CCTA/UFPB