Um estudo com 12 mil mulheres americanas revelou que a proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCR-us) pode indicar maior risco de infarto e derrame, mesmo em quem não apresenta fatores de risco tradicionais. O marcador, detectado em exame de sangue, avalia inflamações crônicas no organismo e pode ajudar médicos a prever doenças cardiovasculares com mais precisão.

De acordo com os pesquisadores, 486 mulheres sem histórico de hipertensão, colesterol alto ou tabagismo sofreram infarto ou derrame ao longo de 30 anos de acompanhamento. Esse dado reforça a importância da PCR-us como indicador preventivo.

A cardiologista Nicolle Queiroz explica que inflamações silenciosas no corpo estão diretamente ligadas à saúde do coração. O exame PCR-ultrassensível, que mede a proteína, pode auxiliar na detecção precoce do risco, principalmente entre as mulheres.

O aumento dos casos de infarto feminino também preocupa no Brasil. Dados do SUS mostram que os atendimentos passaram de 803 mil em 2020 para 1,15 milhão em 2024. O caso da empresária Carolina Campanini Pongeluppe, que infartou aos 30 anos, ilustra essa realidade. Após o episódio, ela passou a priorizar exames e cuidados preventivos.

Especialistas reforçam que, além do monitoramento da proteína C-reativa, é essencial manter hábitos saudáveis, realizar check-ups e adotar medidas de prevenção cardiovascular.