Suicídio é a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil
Por Secom Quarta-Feira, 10 de Setembro de 2025
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que o suicídio e é a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Essa informação foi divulgada nesta quarta-feira (10), Gerência de Vigilância Epidemiológica (Viep), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa em Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todos os anos, 727 mil pessoas tiram a própria vida e há um número muito maior de pessoas que tentam. Cada suicídio é uma tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros, com consequências duradouras para as pessoas que ficam. O suicídio é um problema de saúde pública”, comenta a gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS, Danielle Melo.
Para o boletim, a Vigilância Epidemiológica considerou o período entre os anos de 2014 e 2024, uma série histórica com os índices de suicídio. Em João Pessoa, nesse intervalo de tempo, foram registradas 5.606 notificações de lesões autoprovocadas intencionalmente e 449 óbitos por suicídio. Ainda de acordo com o boletim da Viep, a mortalidade cresceu de forma mais intensa entre os homens (112,5%), embora o percentual de crescimento entre as mulheres tenha sido ainda maior, sendo 205,5%.
Apenas em 2024 foram mais de 680 notificações por violência autoprovocada e 48 óbitos por suicídio. Em 2025, entre os meses de janeiro e julho, 18 pessoas tiraram a própria vida e foram registradas mais de 630 notificações por violência autoprovocada. Segundo o Ministério da Saúde, a violência autoprovocada compreende ideação suicida, autoagressões, tentativas de suicídio. Já os óbitos por suicídio correspondem aos registros de óbitos cujas causas foram caracterizadas como lesão autoprovocada intencionalmente, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID10-3D), X-60 a X84.
“A tentativa anterior de suicídio é um importante fator de risco para suicídio, por isso é imprescindível conhecer o retrato epidemiológico não apenas das mortes por suicídio, mas também das ocorrências de tentativas em cada território, pois conhecendo e entendendo o perfil desses tentantes podemos desenvolver políticas públicas e assistenciais mais direcionadas para acolher essas pessoas que estão tão fragilizadas”, destaca Danielle Melo.
Para enfrentar o problema, o Brasil conta com o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis, que está em vigor desde 2021 e segue até 2030. O plano é nacional e tem como meta deter o crescimento da mortalidade por suicídios. Além disso, as tentativas de suicídio são de notificação compulsória, devendo ser comunicadas, em até 24 horas, por todos os serviços de saúde, públicos e privados.