Estudantes da UFCG Patos protestam contra aumento no valor das refeições no RU
Por Folha Patoense Quarta-Feira, 3 de Setembro de 2025
Estudantes do Campus VII da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG estão protestando contra o aumento no valor das refeições para R$ 9,50 no Restaurante Universitário de Patos que funciona de forma terceirizada.. A classe acadêmica organizou um abaixo-assinado como forma de se posicionarem contrários ao reajuste e cobrar providências dos setores responsáveis.
De acordo com Moacyr Negromonte, presidente do Centro Acadêmico de Medicina Veterinária, os estudantes realizaram um movimento neste início de semana.
“Nós estamos fazendo a defesa de um direito garantido por lei, e se a reitoria afirma que não vem dela a decisão, que esse subsídio é o uso certo desse recurso, que entre nessa luta para que as instâncias reconheçam que temos aqui um aumento de 200 reais por mês em alimentação, em uma cidade onde muitos alunos pagam isso de aluguel, e é totalmente irreal para a realidade do estudante que vem do ensino público. Mais uma vez, quem sofre é o de baixo”, disse o representante dos estudantes.
Ele acrescentou que a instituição tem dois modos de praticar o valor. Em uma delas, os alunos têm o Auxílio RU no restaurante universitário com subsídio de 100%, bem como os alunos que moram na residência universitária. “Essa modalidade atende a um pequeno número de alunos, já que as vagas de auxílio RU que sobram para o Campus Patos são baixíssimas, apesar de ter centenas de alunos utilizando o serviço”, disse Negromonte.
A outra modalidade corresponde ao subsídio de 50%, onde o aluno paga a metade do valor, R$ 4,75, atingindo a grande maioria do público, com estudantes de várias graduações. “Todo e qualquer aluno de graduação matriculado tem direito ao subsídio de 50%, quando a universidade paga metade desse valor. Nisso aí, o recurso que é utilizado é o recurso da Política Nacional de Assistência Estudantil-PNAES, que é um recurso utilizado para ajudar estudantes em situação de vulnerabilidade social”, acrescentou.
Os estudantes tomaram conhecimento de que a reitoria do campus havia sido notificada sob a alegação de que qualquer aluno com matrícula no campus tem o direito de se alimentar pelo valor de 50% no almoço e no jantar, pois os recursos vêm do governo federal, e não estão propriamente no orçamento da instituição.
Perda de alunos
Moacyr Negromonte teme que a perda deste subsídio em Patos represente perda de alunos, pois alguns discentes em condição de vulnerabilidade social não terão como se manter no curso, diante do valor de custeio de quase R$ 50 a mais por semana, ou quase R$ 200 a mais por mês. A redução no número de estudantes pode gerar também o problema com a manutenção do restaurante.
“Muitos deles não podem dar um jeito de fazer a própria alimentação, porque muitos são estudantes que trabalham, estagiam no hospital universitário, na clínica odontológica, em projetos, então às vezes o horário deles não bate com isso. Muitos não têm nem fogão em casa. Então é para pensar que, mesmo que a universidade dê uma ajuda de custo, nem sequer cobre o valor, ou o que o aluno vai gastar comprando e pagando as próprias refeições para fazer, ou ele comprando no comércio local, ou ainda com o gasto de gás, comprando aquele alimento, não vai compor esse valor que a universidade dá, não vai ser suficiente”, finalizou.
