A história vai registrar nos livros aquilo que, no calor dos fatos, ainda revolta e espanta: Jair Bolsonaro e sua família estão entre os maiores traidores da pátria em tempos democráticos. A decisão do presidente americano Donald Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros é, além de uma retaliação econômica, uma demonstração explícita do que representa o bolsonarismo no cenário internacional: subserviência cega a interesses estrangeiros, mesmo que às custas do povo brasileiro.
O chamado “tarifaço” não surgiu do nada. Ele carrega nome e sobrenome: Bolsonaro. A carta de Trump enviada ao presidente Lula não deixa dúvidas. Ao justificar a medida, Trump cita diretamente o julgamento de Jair Bolsonaro e o classifica como uma “vergonha internacional”. Em outras palavras, o ex-presidente americano ameaça nossa economia para defender o político que tentou sabotar nossa democracia.
O problema não é apenas Trump — um bilionário populista com delírios imperiais. O problema são os brasileiros que bateram continência a ele. Os mesmos que se vestem de verde e amarelo aos domingos para posar de patriotas, mas conspiram nos bastidores contra os interesses nacionais. Deputados, senadores e ex-ministros ligados ao bolsonarismo atuaram como interlocutores informais junto à direita radical americana. Uma diplomacia paralela, ilegítima e antinacional.
Enquanto o governo Lula tentava negociar uma saída diplomática para conter a escalada tarifária, figuras como Eduardo Bolsonaro e aliados como Tarcísio de Freitas alimentavam, em silêncio ou nos bastidores, a narrativa de que o Brasil virou um país “antidemocrático” — justamente por responsabilizar Jair Bolsonaro pelos seus crimes. Essa postura não é apenas antipatriótica. É criminosa.
Parlamentares da base e até da oposição ao bolsonarismo foram claros: essa medida de Trump é uma agressão à soberania brasileira. E os bolsonaristas, ao incentivá-la, agem como quinta-coluna — um termo apropriado para quem atua internamente a favor dos interesses externos, sabotando seu próprio país.
A consequência imediata do tarifaço será sentida por produtores rurais, pela indústria, pelos exportadores e por milhões de trabalhadores que dependem do comércio exterior para manter empregos e renda. Enquanto isso, os “patriotas” da família Bolsonaro seguem blindados, protegidos por redes internacionais de extrema-direita, vendendo a imagem de mártires enquanto o Brasil sangra.
Na prática, o bolsonarismo se revela como um projeto antipovo e antinação. Um movimento que não hesita em torcer contra o próprio país para manter sua narrativa de perseguição política viva. Um movimento que se diz conservador, mas destrói a institucionalidade. Que se diz cristão, mas prega o ódio. Que se diz patriota, mas entrega o país a interesses estrangeiros.
Não é mais uma questão de divergência ideológica. É uma questão de lealdade nacional. Bolsonaro e seus filhos não erraram por cálculo — traíram por convicção. E isso, no dicionário da história, tem nome: lesa-pátria.
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