O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) emitiu, nesta quinta-feira (21), uma nota oficial condenando a agressão sofrida por uma médica na cidade de Patos, no Sertão paraibano. O caso ocorreu na noite da última terça-feira (19), na Unidade Básica de Saúde (UBS) Carleuza Candeia, localizada na Rua Augusto dos Anjos no bairro Santo Antônio, em Patos-PB.

A médica da UBS atendia uma paciente por volta das 21h, quando foi agredida com socos e puxões de cabelo, vivendo momentos complicados em pleno exercício da profissão. Senão fosse a intervenção de um colega de trabalho, as cenas de selvageria teriam sido piores por parte da agressora, segundo relatou testemunhas que ficaram assustados.

O atendimento transcorria normalmente, quando a paciente portadora de esquizofrenia e em tratamento com medicação controlada, teria exigido a prescrição de uma nova receita de uma medicação na qual a médica informou que o medicamento não estava registrado como de uso contínuo em seu histórico.

A médica explicou que não poderia atender ao pedido e orientou a paciente a procurar o médico responsável pelo acompanhamento, como no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Revoltada, a mulher passou a quebrar objetos sobre a mesa da profissional, incluindo equipamentos eletrônicos e pertences pessoais.

Não satisfeita e de forma brutal, a mulher partiu para as agressões físicas sem que a médica tivesse tempo de se defender.

Vendo a cena, o enfermeiro correu e impediu mais agressões. A Guarda Civil Municipal foi acionada e a coordenadora do atendimento noturno foi chamada para tomar ciência do caso.

Em nota, o presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, afirmou que a entidade acompanha o caso e tomará as medidas cabíveis. O Conselho classificou o episódio como inaceitável:

“Não se pode admitir qualquer ato de violência contra médicos no exercício de sua profissão. O médico é peça fundamental na defesa da vida e merece respeito e proteção em sua atividade. O CRM-PB condena veementemente toda forma de agressão e reafirma seu compromisso em defender a dignidade e a integridade da classe médica.”

Confira a nota na íntegra: