Quase um milhão de famílias deixaram de receber o benefício do Bolsa Família em julho devido ao aumento da renda domiciliar, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo. Com isso, o número de beneficiários caiu de 20,5 milhões em junho para 19,6 milhões em julho — o menor patamar desde a reformulação do programa pelo governo Lula em março de 2023.
A queda reflete dois cenários distintos: 536 mil famílias cumpriram o prazo máximo de 24 meses sob a regra de proteção (que garante 50% do valor do benefício a quem supera o limite de pobreza, mas ainda ganha menos de meio salário mínimo por pessoa), enquanto outras 385 mil ultrapassaram o teto de renda permitido e tiveram o auxílio cancelado.
“É isso que a gente quer, mesmo. Que a população, em primeiro lugar, não tenha medo de assinar a carteira”, afirmou a secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino. “Ainda é muito forte na cabeça das pessoas achar que ‘se eu assinar a carteira, eu perco o benefício’. A gente está trabalhando para desmistificar isso”, completou.
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