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Por BAND Quarta-Feira, 17 de Setembro de 2025
A febre do “morango do amor” que tomou conta do Brasil nos meses de julho e agosto parece ter arrefecido, segundo relatos de comerciantes e produtores. Ani, uma doceira com mais de 15 anos de experiência, contou ao AgroBand que “nunca viu uma febre como a do morango do amor”, destacando que, no auge da demanda, chegou a vender cerca de 1000 morangos por semana. Contudo, atualmente, esse número caiu drasticamente para cerca de 40 unidades semanais.
O aumento súbito na procura pelo morango fez com que o preço da fruta disparasse. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio da caixa de morangos subiu 64% na Ceasa em Goiás, passando de R$ 30 para R$ 50. Em Rio Verde, no sudoeste do estado, os preços chegaram a 70 reais a caixa durante o pico da demanda, mas atualmente se encontram entre R$ 20 e R$ 28.
A redução nos preços coincidiu com o início da safra nacional em setembro, que ampliou a oferta da fruta no mercado. A procura por morangos, que havia aumentado em em torno de 50% durante os meses de maior interesse, superando até mesmo a demanda em datas comemorativas como o Dia das Mães e dos Namorados, começou a normalizar.
Um dos desafios apontados pelos comerciantes é a logística de distribuição da fruta, que muitas vezes precisa ser transportada de estados como São Paulo, elevando os custos com frete. Além disso, o cultivo de morangos exige manejo manual e profissionais capacitados, e o ciclo produtivo pode variar de 1 a 3 anos até que a lavoura comece a produzir resultados.
Apesar da queda na demanda, o “morango do amor” continua sendo um item popular, garantindo sua presença no cardápio de doceiras e confeitarias de todo o país. “Agora que a febre do morango do amor passou, as vendas estabilizaram. O morango do amor virou um doce de vitrine e faz parte do nosso cardápio hoje”, afirmou a doceira Ani. A produção de morango no Brasil movimenta cerca de R$ 9 milhões, com cerca de 70% provenientes da agricultura familiar, segundo dados do IBGE, ocupando 6,7 mil hectares com perspectiva de expansão.