Por Redação 40 Graus Sexta-Feira, 12 de Dezembro de 2025
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Os golpes por telefone têm aumentado no Brasil, com criminosos utilizando técnicas avançadas e até Inteligência Artificial (IA) para imitar instituições oficiais, em um cenário em que ocorre uma tentativa de fraude a cada 2,3 segundos, segundo a Serasa.
A Serasa aponta que três em cada quatro brasileiros já receberam tentativas de golpe telefônico. Com o avanço da IA, estelionatários conseguem reproduzir fundo musical, abordagem e estrutura de fala semelhantes às de bancos e órgãos públicos. Por isso, a principal recomendação é nunca compartilhar dados pessoais por telefone.
Os golpes contra idosos cresceram 16% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, com 192 tentativas de fraude por hora. Por estarem mais afastados do mundo digital, eles se tornam alvos fáceis.
Um caso relatado envolve um professor cujo pai, de 83 anos, já caiu em vários golpes. No mais recente, um criminoso se passou por funcionário do INSS e convenceu o idoso a realizar biometria facial pelo celular.
Quando o filho ouviu a conversa, percebeu a fraude e identificou na tela um campo de captura de imagem com a palavra “pix” no topo.
O golpista havia acessado o telefone remotamente, bloqueado os botões físicos e alegou que enviaria um software. Em seguida, movimentou R$ 6.500 da conta do idoso. Em tom de deboche, ainda disse ao filho: “você já era, já rapei toda a conta do seu pai, você dançou”.
Os golpistas estão evoluindo e já conseguem ligar usando números salvos na agenda da vítima, criando falsa sensação de confiança. Algumas recomendações da Serasa:
Desconfie de qualquer contato proativo de bancos.
Desligue a ligação e procure o gerente para confirmar a informação.
Bancos não pedem acesso a links, não solicitam biometria facial, nem pedem login e senha por telefone.
Não caia em pressões com senso de urgência, como alegações de bloqueio de CPF ou ações judiciais.
A região Sudeste registrou mais de 3 milhões das quase 7 milhões de tentativas de golpes no primeiro semestre deste ano. São Paulo concentrou quase 2 milhões dessas ocorrências, segundo a Serasa.
