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Policiais civis da Paraíba recebem os piores salários e trabalham sem estrutura nas delegacias

Por Redação 40 Graus com Portal Correio    Terça-Feira, 23 de Fevereiro de 2021


Com o pior salário do país, policiais paraibanos trabalham em delegacias sem as mínimas condições de higiene. “Não tem banheiros e nem sequer água pra beber ou lavar as mãos.”, constatou a presidente da ASPOL/PB, Suana Melo, durante visita feita a várias delegacias de todo o estado.

A deputada Pollyanna Dutra, que é a Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa da Paraíba, vai agendar uma audiência pública para debater essa triste realidade.

Relatório elaborado pela Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol-PB) aponta que delegacias de ao menos 14 cidades do interior funcionam com estruturas precárias. As vistorias foram realizadas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, em unidades localizadas do Litoral ao Sertão do estado. Banheiros quebrados, ambientes sujos, portas e grades de celas enferrujadas e danificadas, obras não terminadas, ausência de extintores de incêndio e falta de equipamentos de proteção individual (EPI) estão entre os problemas constatados.

As cidades visitadas pela Aspol-PB foram Caaporã, Cajazeiras, Caraúbas, Conde, Cuitegi, Gurjão, Itapororoca, Juazeirinho, Mamanguape, Monteiro, Pilar, Pilões, Santa Rita e Sobrado. Após a fiscalização, a entidade encaminhou ofícios à Delegacia Geral e ao Secretário de Segurança do Estado e criou um banco de imagens que será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para buscar reparo desse dano moral coletivo, além da responsabilização pela omissão.

“Queremos ouvir da gestão da Polícia Civil da Paraíba o real motivo dessa desvalorização com a instituição, com o servidor e com a população. Imagine você trabalhar 24h e não ter banheiro, nem água para beber?”, disse a presidente da Aspol-PB, Suana Melo.

“Já tentamos várias vezes nos reunir com o governador João Azevêdo e não entendemos a dificuldade em dialogar para resolvermos juntos esses problemas. A falta de estrutura, a desvalorização salarial, é uma demonstração da omissão. A Aspol-PB aguarda providências. Merecemos respeito”, completou Suana Melo.

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