Até agora dois prefeitos com gestões envolvidas com a empresa Real Energy foram afastados. O prefeito de Patos, Dinaldo Medeiros Wanderley Filho, foi afastado do cargo por envolvimento com enriquecimento ilícito. A investigação mostrou que, em 10 meses, a organização obteve mais de R$ 739 mil, desviados de contratos firmados com a Prefeitura de Patos, no montante de R$ 1,3 milhão. O Ministério Público apurou que, no período anterior às eleições de 2016, o então candidato ‘Dinaldinho’ organizou um esquema criminoso para o recebimento de vantagens ilícitas pagas pelas empresas Enertec e Real Energy, com as quais a Prefeitura de Patos manteve contrato de iluminação pública, a partir do ano seguinte.
O prefeito de Caicó, Robson de Araújo, esteve envolvido em um esquema fraudulento, que começou antes mesmo de sua posse, ainda em novembro de 2016. A investigação sobre a participação do prefeito foi iniciada após os empresários Allan Emannuel Ferreira da Rocha e Felipe Gonçalves de Castro, presos na operação Cidade Luz, firmarem termo de colaboração premiada com o MPRN”.
Nas delações, Allan Emannuel e Felipe Gonçalves admitiram e apresentaram provas que negociaram com Robson Batata a continuidade da prestação dos serviços de manutenção da iluminação pública mediante pagamento de propina. Eles batizaram de ‘lâmpada’ cada pagamento de R$ 1 mil que era efetuado.
Os empresários, ainda segundo o MPRN, “apresentaram provas que mostram que foi estabelecido até mesmo um cronograma para o repasse da propina. Os empresários, a mando de Robson Batata, também negociaram com o lobista Edvaldo Pessoa de Farias. Pelo ‘serviço’, Edvaldo recebia uma ‘mesada’ de R$ 3 mil dos empresários”.
Para o MPRN, há indícios de que o prefeito Robson Batata recebeu aproximadamente 70 ‘lâmpadas’ pela manutenção de contratos para execução de serviços de iluminação pública com as empresas Real Energy Ltda e Enertec Construções e Serviços Ltda.
Seguindo a mesma linha de fatos, mais um prefeito está na mira da Ministério Público. Em Campina Grande, o prefeito Romero Rodrigues pode estar na mira do Ministério Público.
A Secretaria Municipal de Obras de Campina Grande (Secob) contratou a empresa para executar serviços de fornecimento e instalações futuras para modernização, reconstituição e eficientização da iluminação pública da cidade e já teria pago de março a setembro de 2017 a quantia de R$ 4.307.471,09.
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