Juliette descobre diagnóstico de hipermobilidade após consulta médica; entenda
Por Mabel Pontes Quarta-Feira, 29 de Outubro de 2025
A cantora paraibana e campeã do BBB 21, Juliette Freire, contou ter sido diagnosticada com hipermobilidade após uma consulta médica realizada na segunda-feira (27). A informação foi compartilhada pela artista através de uma série de publicações nas redes sociais.
Juliette conta que, ao descobrir a possuir hipermobilidade durante uma consulta realizada ao lado do seu noivo, o atleta de crossfit Kaique Ceverny, pôde relacionar a condição com várias dores que afirmou sentir em diferentes partes do corpo.
“Algumas coisas que eu sinto, eu descobri que podem ser por conta desse negócio da flexibilidade, por exemplo: dor no joelho, dor nos ombros, falta de colágeno em algumas áreas do corpo, tontura… Um monte de coisa pode ser disso. Fraqueza, pressão baixa, tudo", explicou Juliette, que ainda mostrou movimentos que conseguia fazer com os dedos das mãos por conta da maior flexibilidade.

A hipermobilidade é a flexibilidade excessiva das articulações, o que permite que elas se movam além do esperado. Quando não causa dor, a característica pode ser genética e até benéfica, como em bailarinos e ginastas. No entanto, se acompanhada por sintomas como dor crônica, fadiga e lesões frequentes, pode ser um sinal da Síndrome da Hipermobilidade Articular (SHA).
Nesta matéria, o Jornal da Paraíba consultou um especialista e separou as principais informações sobre sintomas e tratamento da hipermobilidade. Confira abaixo.
Quais os sintomas e como é feito o diagnóstico de hipermobilidade?
De acordo com o médico ortopedista Giácomo Souza, a hipermobilidade possui um diagnóstico clínico e não necessita de exames de imagem. Para chegar a um diagnóstico preciso, deve-se avaliar o histórico familiar do paciente e realizar o exame físico, incluindo alguns testes baseados na escala de Beighton.
"A hipermobilidade benigna consiste apenas no aumento da flexibilidade articular. Já na síndrome de hipermobilidade, o paciente apresenta aumento da flexibilidade associado a sintomas como dor, fadiga e, em alguns casos, lesões com luxações e entorses articulares", explicou Giácomo Souza.
Segundo o médico, a hipermobilidade muitas vezes pode ser genética, adquirida por meio de doenças hereditárias.
"A condição pode ter origem genética, principalmente em doenças hereditárias que afetam a formação do colágeno, as quais causam hipermobilidade articular", disse o médico.
Quem tem hipermobilidade se lesiona mais fácil?
O ortopedista Giácomo Souza afirma que possuir hipermobilidade está diretamente relacionado a lesões frequentes, pois a condição tende a provocar fraqueza muscular nas pessoas afetadas.
"As dores articulares e musculares, associadas a entorses, luxações, tendinites e rupturas de ligamentos, são as manifestações mais comuns. Existe uma relação direta, pois a alteração causa fraqueza e frouxidão ligamentar e muscular", detalhou o doutor.
Hipermobilidade tem cura ou tratamento?
Segundo o especialista, a hipermobilidade é uma condição que não possui cura, apenas meios de tratamento para fortelecer a estrutura muscular e prevenir lesões.
"Não há cura, mas sim controle por meio de terapias de fortalecimento muscular, como fisioterapia e atividades físicas de menor intensidade, que auxiliam na prevenção de lesões", disse Giácomo Souza.