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Promotor explica soltura de acusado pela morte da pequena Ketyli e dá detalhes da investigação

Por Patos Online    Sábado, 21 de Novembro de 2020


A soltura de José Geraldo dos Santos, 25 anos, acusado de espancar, estuprar e estrangular até a morte a pequena Ketyli Kawane Borges (3 anos), trouxe revolta para a população pateonse, sobretudo naquelas pessoas que se depararam com o acusado ao longo desta última semana.

Sobre o caso, o promotor Samuel Miranda disse que a liberdade do senhor Geraldo e da senhora Jéssica (mãe da vítima), foi requerida pelo Ministério Público, apoiada no fato de que ainda não existe algo de concreto no tocante a quais crimes foram praticados por cada um deles.

Ele também lembrou que a menina Ketyli foi vítima de dois crimes bárbaros, que é estupro de vulnerável e ainda o homicídio. Porém, foi enfático em dizer que as provas coletadas até o momento desta matéria não servem para definir quais crimes foram praticados de forma individual pelos acusados.

Desta forma, foi solicitado que a Polícia Civil realizasse alguns exames complementares, especialmente no tocante ao material genético encontrado no corpo de criança.

Portanto, o promotor também adiantou que está aguardando a realização dos exames, e que nesse tempo necessário para que toda a investigação seja concluída, a regra jurídica diz que os investigados devem ser colocados em liberdade, independente da gravidade do crime.

Ele ainda explicou que o Ministério Público não se propõe a fazer acusações gratuitas e sem segurança do que realmente está como objeto de acusação. E se o preço disso for a liberdade momentânea dos acusados, assim será feito, conforme explicou.

“O que não significa em absoluto que esse crime bárbaro contra essa criança ficará de graça. Quero deixar bastante claro pra população que o Ministério Público está compromissado para responsabilizar as duas pessoas inicialmente acusadas, ou até mais se tiver outras pessoas envolvidas. Mas que tudo será dentro da legalidade da justiça”, disse o promotor Samuel Miranda.

Miranda ainda frisou que essa história apenas começou, e que tudo será colocado da devida forma dentro da lei.

Também contou que o laudo do exame cadavérico da vítima aponta que foi coletado o material genético dela. Esse material genético pode ser confrontado com o material genético dos acusados, e portanto será possível obter uma certeza de quem praticou o crime de violência sexual.

“E a regra é bem clara, enquanto essa análise está em curso, e a investigação em andamento, os acusados devem ficar soltos. Após isso, serão formalmente acusadas”, garantiu.

Caso haja alguma atitude contrária para a lei por parte dos acusados, eles podem voltar pra cadeia antes da conclusão da investigação, disse o promotor.

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