O número de academias de ginástica mais do que dobrou em quatro anos, de acordo com um levantamento do Sebrae. Enquanto em 2014 eram 469 estabelecimentos, este ano o número chegou a 981 em funcionamento, um salto de 109%.
Para encarar a concorrência crescente, as academias investem em inovação seja em processos, serviços ou produtos, indica a gestora do Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae Paraíba, Cláudia Nascimento. Essas inovações, no entanto, nem sempre são de grande dimensão ou requerem grandes investimentos. “São ações simples, muitas vezes quase não percebidas pelo empresário, mas que interferem no resultado da empresa”, garante Cláudia.
Um grande desafio, por exemplo, está em gerenciar o acesso de clientes aos espaços. Foi pensando em resolver esse problema que uma academia de João Pessoa implantou um sistema de reconhecimento facial para a entrada dos alunos. O sistema substitui a catraca com biometria, que registra alto índice de falhas. “O sistema de reconhecimento facial, que é o que há de mais moderno no mercado, quase não apresenta falhas”, contou João Paulo Dias, gerente do estabelecimento.
Segundo o gerente, em dois meses foi possível notar a diferença na satisfação do público, principalmente os idosos, grupo que mais sofria com o leitor de digital. A academia implantou a iniciativa após a consultoria de uma Agente Local de Inovação do Sebrae.
Conforme Cláudia Nascimento, no segmento de academias, diversas ações podem ser identificadas ao longo dos anos, sejam na parte de processos ou mesmo de serviços. “Atualmente as academias conseguem ter diferenciais competitivos não só no mix de atividades ofertadas, em maquinários modernos, mas também agregam valor com outros serviços que se alinham à atividade e fazem parte da cadeia de valor, como venda de alimentos saudáveis, suplementos nutricionais, áreas dedicadas à estética e beleza, automação através de softwares de reconhecimento facial, totens de acompanhamento dos exercícios, dentre outros”, explica a analista.
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