Em dezembro de 2017, Ricardo Goulart disse ao GloboEsporte.com que havia comunicado ao Guangzhou Evergrande seu desejo de voltar ao Brasil. Naquela época, o Palmeiras já era favorito a repatriá-lo. A longuíssima negociação terminou na manhã da última terça-feira, quando foi assinado o contrato de empréstimo até dezembro.
A vontade de sua família, seu desempenho e até mesmo a lesão no joelho direito colaboraram para que o clube chinês topasse ceder o meia-atacante de 27 anos.
Ricardo Goulart é muito próximo de Alexandre Mattos, chefe do futebol do Palmeiras. Ambos ganharam dois títulos brasileiros no Cruzeiro, em 2013 e 2014. Os termos do acerto estavam costurados desde agosto.
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Por isso, a negociação resistiu a assédios como o do Flamengo, que recorreu até ao meia Everton Ribeiro, outro protagonista daquele Cruzeiro, para tentar convencer Goulart.
Palmeiras reproduziu carta para fazer anúncio da contratação do meia-atacante — Foto: Reprodução
O agente do jogador, Paulo Pitombeira, também recusou o contato de intermediários, em razão do acordo com o Palmeiras. Com bom trânsito no futebol chinês, ele trabalhou para que o Guangzhou aceitasse pagar boa parte dos salários. O apelo foi também emocional, em cima dos 103 gols marcados em 157 jogos na China, além de sete títulos.
Até a lesão no joelho direito ajudou. Em outubro do ano passado, Goulart enviou os exames para Mattos, que consultou Gustavo Magliocca, chefe do departamento médico do Palmeiras. O diagnóstico acabou sendo a necessidade de uma artroscopia, procedimento diferente do que havia sido sugerido na China.
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