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Isolamento social em Patos fica para segundo plano e Centro é tomado por populares e pela Covid-19

Por Vicente Conserva - 40 Graus    Quarta-Feira, 3 de Junho de 2020


As medidas de isolamento social não vêm surtindo o efeito esperado na cidade de Patos-PB que já registra até esta terça-feira (02) 678 casos de Covid-19. Apesar das restrições sobre diversas atividades comerciais, é publico e notório que pouco vem adiantando dizer "fique em casa", já que basta andar pelo Centro para ver a população em massa pelas ruas.

É só passear pelo Centro da cidade todos os dias pela manhã e você verá, por exemplo, filas e mais filas na porta das agências bancárias, um verdadeiro amontoado de clientes tentando a todo custo entrar nas agências para saque de dinheiro e outras transações.

A verdade é que com tantos decretos já baixados pelo prefeito interino Ivanes Lacerda, hoje é praticamente permitido tudo estar aberto no Centro a exemplo de lotéricas, farmácias, bancos, laboratórios, clínicas, óticas, supermercados, padarias, lojas de material de construção, entre outros.

O resultado é uma verdadeira aglomeração de pessoas nas avenidas do Centro, sobretudo na Pedro Firmino, Bossuet Wanderley, Leôncio Wanderley, Epitácio Pessoa, entre outras, onde justamente se concentra a maior parte desses seguimentos.

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Com exceção dos salões de beleza, das lojas de confecção, eletrodomésticos, variedades, calçados e lanchonetes, que mesmo assim ficam parcialmente abertas, os demais estão abrindo suas portas no Centro o que tem gerado uma verdadeira corrida das pessoas causando uma imensa movimentação e risco de contágio pelo novo coronavírus.

A Prefeitura de Patos prorrogou a adoção de medidas temporárias de enfrentamento à Covid-19, por meio do Decreto n° 28, de 27 de maio de 2020, revogando o Decreto 025 e radicalizando ainda mais as medidas de isolamento. Tudo só no papel.

O novo decreto estabelece medidas ainda mais restritivas e punitivas aos estabelecimentos comerciais que desobedecerem, determinando a proibição da prática de atividades físicas em praças, avenidas e ruas até o dia 15 de junho, controle no horário de funcionamento das feiras livres e a manutenção de serviços como a construção civil.

O prefeito interino de Patos, Ivanes Lacerda, já havia decretado o fechamento dos mercados públicos da cidade, por meio de um decreto publicado no Diário Oficial do Município na segunda-feira (11 de maio).

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Naquela oportunidade ficava suspenso o funcionamento de academias, ginásios esportivos públicos e privados, shoppings, galerias, centros comerciais como o Mercado Público Juvino Lilioso, Mercado Darcílio Wanderley, bares, restaurantes, casas noturnas, boates e estabelecimentos similares; cinemas, teatros, circos, parques de diversão e estabelecimentos congêneres, públicos e privados.

Ocorre que dias depois, na última quinta-feira (28), o prefeito que havia decretado o fechamento de novo da Feira Livre e do Mercado Juvino Lilioso, determina que os mesmos voltassem a funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h às 13h, para comercialização de carnes, frutas, verduras e cereais, com exceção do Darcílio Wanderley.

O abre e fecha e a falta de firmeza nas decisões e fiscalizações, sem falar na revogação de medidas anteriores a todo momento, têm gerado descontentamento de outros setores do comércio que pressionam a cada instante por uma maior flexibilização já que outros seguimentos da economia continuam funcionando.

Enquanto isso, a população vai fazendo de conta que está em casa, aglomerando-se no Centro e levando o vírus para os bairros. Só em maio, mesmo com as restrições, foram registrados na cidade 603 casos. Nos dois primeiros dias de junho já são 56, um aumento de 1.766% em relação ao mesmo período do mês anterior.

Apesar disso, na semana que passou, foi noticiado que o Complexo Regional Hospitalar de Patos estava com todos os leitos de UTI e enfermarias lotados. No fim de semana, apesar do sistema ter sido aliviado com algumas altas médicas, ainda continua altamente sobrecarregado.

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Ainda podem funcionar em Patos:

Lojas e outros estabelecimentos comerciais poderão funcionar, exclusivamente por meio de serviço de entrega de mercadorias (delivery), inclusive por aplicativos, vedado, em qualquer caso, o atendimento presencial de clientes dentro das suas dependências.

Podem funcionar os seguintes estabelecimentos:

- estabelecimentos médicos, hospitalares, odontológicos, farmacêuticos, psicológicos, laboratórios de análises clínicas e as clínicas de fisioterapia e de vacinação;

- os laboratórios da rede privada que realizam exames laboratoriais de RT-PCR para a detecção do SARS-CoV-2 ficam obrigados a realizar um cadastramento na Vigilância Epidemiológica Municipal no prazo máximo de 24h, através do e-mail [email protected], informando a metodologia aplicada, os responsáveis pela execução do exame, a unidade de execução, os insumos utilizados e outras informações que sejam de interesse epidemiológico nacional e/ou local;

- clínicas e hospitais veterinários, bem como os estabelecimentos comerciais de fornecimento de insumos e gêneros alimentícios pertinentes à área;

- distribuição e comercialização de combustíveis e derivados e distribuidores e revendedores de água e gás;

- hipermercados, supermercados, mercados e lojas de conveniência situadas em postos de combustíveis, ficando expressamente vedado o consumo de quaisquer gêneros alimentícios e bebidas no local;

- produtores e/ou fornecedores de bens ou de serviços essenciais à saúde e à higiene;

- agências bancárias e casas lotéricas;

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