Saiba como evitar golpes e descontroles financeiros nas compras de Natal e final de ano
Por Mabel Pontes Segunda-Feira, 22 de Dezembro de 2025
Durante as festividades de Natal e as comemorações do final de ano, a movimentação no comércio aumenta com a compra de presentes e decorações. O alto volume de compras e ofertas vem acompanhado do risco de golpes, que podem acontecer tanto em lojas físicas quanto no ambiente virtual.
Além do risco de ser vítima de golpes durante as compras de final de ano, existe ainda a possibilidade de usar o décimo terceiro salário para compras impulsivas que acabem resultando em endividamento logo no início do ano.
Nesta reportagem, o Jornal da Paraíba entrevistou um economista e um especialista do Procon para listar dicas de como evitar golpes e descontroles financeiros na correria das compras de final de ano.
Sinais de golpe
De acordo com Samuel Carneiro, do Procon Paraíba, durante o momento das compras de final de ano, existem alguns sinais que podem denunciar uma possível tentativa de golpe. São considerados sinais de golpe em lojas físicas:
- Maquininha de cartão fora do campo de visão do consumidor, impossibilitando a conferência do valor e da modalidade de pagamento;
- Pedido de PIX ou transferência bancária para terceiros que não possuem relação com a loja física;
- Pressa para que o consumidor efetue o pagamento;
- Negativa de emissão da nota fiscal dos itens adquiridos.
Já em caso de compras em lojas virtuais, são considerados sinais de golpe as seguintes características:
- Sites falsos, com mercadorias em super oferta, bem abaixo do preço de mercado;
- Ausência de CNPJ, endereço ou SAC em sites de comércio eletrônico;
- Cobrança de valores mínimos para compras em lojas físicas;
- Condicionar a venda de um produto a aquisição de outro (venda casada).
Dicas para evitar descontroles financeiros
Segundo o economista Vitor Nayron, a chegada do décimo terceiro salário impulsiona nas pessoas a vontade de gastar. No entanto, apesar das comemorações de final de ano, é preciso lembrar do mês seguinte, janeiro, e evitar descontroles financeiros.
“O 13º é um valor que a pessoa recebe no final de ano e o impulso realmente é gastar mais. O perigo é porque você já inicia o ano seguinte com algum tipo de pendência ou dívida e, no pior dos cenários, inadimplência. Por isso é sempre importante estar atento”, explica o economista.
Para diminuir as chances de gastos desnecessários, o economista aconselha estabelecer um teto máximo para o valor que pode ser usado nas compras de final de ano e evitar um descontrole financeiro nos meses seguintes.
"O primeiro ponto é a pessoa ter muito claro o que quer comprar e estabelecer o limite do que pode gastar. Esse é um ponto central que ajuda a não meter os pés pelas mãos, no sentido de ter claro o máximo que se pode gastar e a partir disso, ver de forma criativa presentes que se enquadrem nesse orçamento", afirma.