Conhecido por ter posicionamentos fortes, o bispo Dom Eraldo Bispo da Silva, da diocese de Patos, publicou uma carta em que alerta câmaras municipais da Paraíba sobre projetos de lei que consideram as igrejas e celebrações como atividades essenciais.
No documento, o religioso reconhece a boa intenção, mas ressalta que o momento é de união e de medidas que possam contribuir para o combate à pandemia.
“O que é essencial, na presente situação é a solidariedade e a superação da pandemia”, assinalou o bispo, observando que respeita o Poder Legislativo, mas a diocese não fez, nem fará, nenhum pedido para que esses projetos sejam colocados em pauta.
O projeto é da vereadora Nadir Rodrigues (Republicanos), mas foi arquivado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), baseado no parecer do jurídico da Câmara de Municipal de Patos.
A ânsia de fazer agrado a religiões para não ter tido muito efeito.
A carta foi publicada dias antes da Câmara Municipal de João Pessoa ter aprovado um projeto de lei que torna essencial as igrejas e celebrações. O projeto ainda irá para sanção do prefeito Cícero Lucena (Progressistas). É provável, aliás, que ele não sancione a matéria.
A carta de Dom Eraldo é uma aula para muitos religiosos. Ela deveria servir de exemplo e espelho para quem, nesse momento, defende o retorno de celebrações que podem provocar aglomerações de pessoas.
Com este posicionamento da Igreja Católica, dificilmente a Câmara de Patos terá coragem de contrariar a opinião do bispo.
O bispo patoense disse tudo o que um líder religioso, cristão, deve dizer nesse instante.
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