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Missionários testemunham milagres em regiões antes não alcançadas pelo Evangelho

Por Vicente Conserva    Sexta-Feira, 16 de Março de 2018


Em Mianmar, nação do sul da Ásia, a guerra civil e religiosa entre extremistas budistas e muçulmanos deixou milhares de mortos e forçou um êxodo de refugiados para o vizinho Bangladesh de quase um milhão de pessoas.

Para a minoria rohingya, trata-se de um genocídio. A questão é tratada assim pela ONU desde meados do ano passado, mas pouca coisa mudou. Quando o papa Francisco visitou o país, em novembro, chamou atenção para a situação de perseguição religiosa aos islâmicos, mas nada disse sobre a situação dos cristãos, que são apenas 6% da população.

Uma recente conferência de pastores organizada pela Missão Global Discipules, em Mianmar, mostra que apesar das notícias perturbadoras, Deus está agindo.

“Nos últimos três anos, Deus abriu, de uma maneira nunca vista, a porta para o evangelho. Vamos aproveitar, pois não sabemos quanto tempo ficará aberta”, diz um dos organizadores da conferência, que se identifica como “irmão Mateus”. Por questões de segurança, os nomes dos pregadores não foram divulgados, todos optando por usar pseudônimos.

Mateus está envolvido no ministério de evangelismo desde a adolescência e atualmente coordena um projeto de plantação de igrejas entre grupos étnicos não alcançados, em todo o sul da Ásia. “Queremos alimentar o movimento que está crescendo e se multiplicando”, diz ele.

O pastor Imo é um dos missionários que está plantando igrejas entre grupos tribais no sul de Mianmar, os quais nunca ouviram o nome de Jesus. “Pela graça de Deus, fomos de aldeia a aldeia, e muitos aceitaram Jesus como seu Salvador. Chegamos a alguns lugares onde não podemos acessar ​​por barco ou moto. Então, fomos a pé”, relata.

“Nós batizamos 15 na primeira semana. Durante a pregação, Deus realizou milagres em diferentes lugares: uma pessoa que não podia caminhar devido a um problema no joelho e foi curada depois da oração; uma mulher hindu que sofria com epilepsia por muitos anos foi liberta e curada quando oramos em nome de Jesus”, testemunha.

Outro caso mais emblemático foi o de uma mãe incapaz de amamentar seu bebê porque não havia leite materno, uma questão vista como maldição na cultura tribal. “A criança chorava o tempo todo. Quando conhecemos essa mulher e oramos por ela, o choro do bebê parou de repente e, para a glória de Deus, depois de um tempo ela começou a amamenta-lo normalmente. Toda aquela família veio à igreja e dedicaram seu bebê ao Senhor. Foi o primeiro da aldeia.”

O missionário enfatiza que “Tudo isso aconteceu por causa do poder do Espírito Santo que acompanha a pregação”.

Em outra aldeia, ao norte de Mianmar, o pastor Than contou que oraram por uma mulher que sofria de tuberculose por muitos anos e ela foi curada. “Para chegar naquela região, em meio à floresta, tivemos que caminhar um dia inteiro e mais uma parte da noite. Quando fizemos a primeira pregação, 10 pessoas foram adicionadas ao reino e batizadas. Um homem chamado Tan era o feiticeiro local, mas quando compreendeu o que era o evangelho, abandonou sua feitiçaria e agora prega sobre Jesus”.

Em algumas das aldeias vistas pelo pastor Nathan, a influência dos espíritos é muito forte e as pessoas vivem com medo de abandoná-los. “Se, por uma ação de Deus, se tornam cristãos, são perseguidos pelos demais, que os expulsam. Para essas pessoas, converter-se é algo perigoso”.

“Nós estamos discipulando alguns crentes novos naquela área, mas não podemos abrir uma igreja. Se tentarmos construir uma igreja, os outros moradores disseram que vão derrubá-la. A guerra espiritual é muito forte, pois enfrentamos oposição dos monges budistas”, relatou.

Mesmo assim, ele não desanima. No ano passado, 74 pessoas foram batizadas numa área onde não havia cristãos antes. “Nós podemos ver que Deus fez um grande milagre. O evangelho está mudando as coisas aqui”, comemora. Com informações Assist News

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