Quando assumiu a administração municipal de Patos de forma interina, em meados de agosto de 2018, o prefeito Bonifácio Rocha anunciara que já havia detectado um rombo de R$ 30 milhões nas contas públicas deixadas pelo seu antecessor Dinaldo Filho. Dias depois, ele veio a imprensa para retificar os dados e apregoar que os passivos da Prefeitura passavam dos R$ 48 milhões.
Mas terminado o ano em questão, será que o município conseguiu pelo menos diminuir as dívidas a ponto de termos uma esperança maior em relação ao ano vigente? A resposta não pode ser totalmente conclusiva, mas uma rápida passada nos dados disponibilizados pelo Portal da Transparência mostra como o município terminou o ano e a saúde financeira dos seus cofres.
Dos R$ 240.609.889,50 empenhados em 2018, a prefeitura conseguiu honrar com o pagamento de R$ 199.016.531,15, restando R$ 41.593.358,35 de restos a pagar. Cerca de R$ 6,5 milhões a menos de dívida relativas ao anunciado pelo gestor.
Ocorre que quando o prefeito anunciou a dívida do município, ele falava de passivos totais acumulados. E o Portal da Transparência mostra que o ano de 2017, primeiro ano da gestão Dinaldo, também terminou com restos a pagar de mais de R$ 14 milhões.
Levando isso em consideração, a dívida acumulada em dois anos seria de R$ 55.696.678,65. O que leva a crer que o Município não vem conseguindo diminuir o rombo provocado por má gestão.
2018
Total Empenhado(R$)
Total Liquidado(R$)
Total Pago(R$)
Total Saldo(R$)
2017
Total Empenhado(R$)
Total Liquidado(R$)
Total Pago(R$)
Total Saldo(R$)
No dia 25 de agosto último, Bonifácio Rocha reuniu a imprensa para passar dados sobre a dívida. Naquela época, o rombo já era sem precedentes. “A situação financeira de Patos é dificílima. Até 31 de julho, a prefeitura constava um passivo superior a R$ 28 milhões de reais, referente ao ano de 2018, ou seja, dividas acumuladas pelo seu antecessor, além de restos a pagar em valores superiores a R$ 20 milhões de reais, ainda do ano de 2017”, explicou o prefeito interino.
Bonifácio mostrou um gráfico detalhado de onde estão as maiores pendências como mostra o anexo abaixo. Segundo os dados, mais de R$ 18 milhões são de dívidas com apenas 5 fornecedores, grandes empresas contratadas e que tais pagamentos não vinham sendo realizados.
Segundo Bonifácio, as medidas tomadas até agora ainda não refletem em diminuição de gastos no orçamento municipal, uma vez que os contratos e serviços que sofreram interrupção de contrato, não vinham sendo pagos pela prefeitura.
“Cancelamos contratos de empresas, veículos e imóveis, demitimos pessoal e cortamos gratificação. Nossas medidas estão sendo no sentido de estancar o débito da Prefeitura de Patos para evitar que os valores dessa dívida subam ainda mais”, disse o gestor.
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